O SILÊNCIO – Parte IV
Nenhum ser humano pode se esquivar das leis da natureza, ninguém
consegue nadar em sentido contrário a elas. Deus é a força que impulsiona as
leis da natureza, a força que ninguém ainda compreendeu, que ninguém viu, mas
cujos efeitos cada um, dia a dia, hora a hora, até mesmo nas frações de
todos os segundos, tem de ver, intuir, observar, se apenas quiser ver,
em si próprio, em cada animal, cada árvore, cada flor, cada fibra de uma folha,
quando irrompe do invólucro para chegar à luz.
Não é cegueira opor-se tenazmente, quando todos, até mesmo esses
negadores obstinados, reconhecem e comprovam a existência dessa força? O que os
impede então de chamar Deus a essa força reconhecida? Teimosia pueril? Ou uma
certa vergonha por terem de declarar que durante tanto tempo procuraram negar
obstinadamente algo, cuja existência há muito lhes era evidente?
Certamente não é nada de tudo isso. A causa deve residir no fato
de que foi apresentado à humanidade, de tantas partes, caricaturas da grande
divindade, com as quais, num sério pesquisar, não podia concordar. A força da
divindade, que tudo abrange e tudo perpassa, tem de ser diminuída e
desvalorizada com a tentativa de imprimi-la num quadro!
Com reflexão profunda, nenhum quadro pode harmonizar-se com
isso! Exatamente porque cada ser humano traz em si o conceito de Deus, é que se
opõe cheio de pressentimentos contra a restrição da grandiosa e inapreensível
força que o gerou e que o conduz.
O dogma é em grande parte culpado de que aqueles que em
seus conflitos procuram transpor cada meta, muitas vezes o façam até mesmo
contra a certeza que vive dentro deles.
Mas não está distante a hora do despertar espiritual! Em que se
interpretarão direito as palavras do Salvador, compreendendo-se corretamente
sua grande obra de salvação, pois Cristo trouxe libertação das trevas, já que
apontou o caminho para a Verdade, mostrando, como ser humano, o caminho para as
alturas luminosas! E com o seu sangue imprimiu na cruz o selo de sua convicção!
A Verdade nunca deixou de ser o que foi outrora e que ainda é
hoje e há de ser daqui a dezenas de milênios, já que é eterna!
Por isso, aprendei a conhecer as leis que se encontram no grande
livro de toda a Criação. Submeter-se a elas significa: amar a Deus! Pois com
isso não provocarás nenhuma dissonância na harmonia, mas sim concorrerás para
que os acordes vibrantes atinjam amplitude total.
Quer digas: Submeto-me voluntariamente às leis vigentes da
natureza, porque elas são em meu benefício, ou quer digas: Submeto-me à vontade
de Deus, que se revela nas leis da natureza ou na força inconcebível que
impulsiona as leis da natureza... ocorre alguma diferença na atuação delas? A
força aí está e tu a reconheces, tens de reconhecê-la, sim, já que não
te resta outra alternativa, tão logo reflitas um pouco... e com isso reconheces
teu Deus, o Criador!
E essa força atua em ti até mesmo quando pensas! Por
conseguinte, não a degrades, servindo-te dela para o mal; pelo contrário, pensa
apenas em função do bem! Nunca te esqueças: Quando crias pensamentos, utilizas
força divina, com a qual podes alcançar o que há de mais límpido e excelso!
Continua...
Gostaria de indicar este texto para seus amigos?
Compartilhe o link com eles:
Quer saber mais sobre a Mensagem do Graal? Escreve pra gente! destinoereflexoes@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça o seu comentário como Nome/URL. É facultativo colocar URL.