O SILÊNCIO – Parte II
Mantém
sempre diante dos olhos o seguinte: Tudo quanto é espiritual, expresso
segundo nossos conceitos, é magnético; e bem sabes que sempre o mais
fraco é superado pelo mais forte, pela atração e pela absorção. Por isso
“é tirado dos pobres (fracos) até mesmo o pouco que possuem”. Tornam-se
dependentes.
Nisso
não ocorre nenhuma injustiça, e sim tudo se passa segundo as leis
divinas. O ser humano precisa apenas tomar a iniciativa, querer
realmente, então ficará protegido disso.
Naturalmente
perguntarás: E como será quando todos quiserem ser fortes? Quando nada
tiverem a tomar de alguém? Então, querido amigo, será um intercâmbio espontâneo, subordinado
à lei de que somente dando é que também se pode receber. Não ocorrerá
paralisação; apenas será anulado tudo quanto é inferior.
Assim,
pois, acontece que, devido à preguiça, muitos se tornam dependentes no
espírito, chegando até mesmo à incapacidade de desenvolver seus próprios
pensamentos.
Urge
salientar, entretanto, que somente o de igual espécie é atraído. Daí o
provérbio: “Igual com igual se entendem bem”. Assim se juntarão sempre
os que são dados à bebida, fumantes têm “simpatias”, tagarelas,
jogadores, etc.; mas também os de índole nobre se encontram para fins
elevados.
No entanto, ainda prossegue: aquilo que se esforça espiritualmente também se efetiva por fim fisicamente, visto
todo o espiritual perpassar a matéria grosseira, razão pela qual cumpre
reter sempre em mente a lei da ação de retorno, porque um pensamento
sempre mantém ligação com a origem, causando nessa ligação irradiações
retroativas.
Refiro-me aqui sempre apenas aos pensamentos reais,
que contêm em si a força vital da intuição anímica. E não me refiro ao
desperdício de forças da substância cerebral confiada a ti como
instrumento, formando apenas pensamentos voláteis que se manifestam como
emanações difusas em desordenada confusão e que, felizmente, logo se
desfazem. Tais pensamentos só te custam tempo e força, e desperdiças com
isso um bem que te foi confiado.
Meditas,
por exemplo, a sério sobre determinada coisa, tal pensamento se tornará
fortemente magnético dentro de ti pela força do silêncio e atrairá
todos os afins, tornando-se, desse modo, fertilizado. Ele amadurece e
transpõe os limites da rotina, penetra devido a isso em outras esferas
também, recebendo aí a afluência de pensamentos mais elevados... a
inspiração! Por essa razão, em contraste com a mediunidade, na
inspiração o pensamento básico deve partir de ti mesmo e deve formar a
ponte para o Além, o mundo espiritual, a fim de ali haurir
conscientemente de uma fonte.
Por
conseguinte, a inspiração não tem nada a ver com a mediunidade. Dessa
forma o pensamento amadurecerá dentro de ti. Avanças para a realização e
trarás, condensado por tua força, aquilo que já pairava antes em inúmeras partículas no Universo, como formas de pensamentos.
Dessa maneira crias uma nova forma por
meio da fusão e da condensação daquilo que desde há muito já existia
espiritualmente! Assim, na Criação toda, apenas mudam sempre as formas,
pois tudo o mais é eterno e indestrutível.
Continua...
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