O SILÊNCIO – Parte III
Acautela-te de pensamentos confusos, e de toda a
superficialidade no pensar. O descuido vinga-se amargamente, pois sem demora te
verás rebaixado a um lugar tumultuado de influências estranhas, o que te
tornará facilmente irritado, inconstante e injusto para com os que te rodeiam.
Se tens um pensamento autêntico e o sabes reter bem, assim
finalmente essa força concentrada também tem de ser impelida para a realização,
pois o desenvolvimento de tudo se desenrola espiritualmente, já que toda
força é apenas espiritual! O que então consegues distinguir são sempre
apenas as últimas manifestações dum processo magnético-espiritual ocorrido
antes e que se realiza em ordem predeterminada e sempre uniforme.
Observa, e quando pensas e sentes, logo terás a prova de que
toda a vida real só pode ser na verdade a espiritual, onde
unicamente se encontram a origem e o desenvolvimento. Tens de chegar à
convicção de que tudo quanto vês com os olhos corpóreos realmente são apenas
manifestações do espírito eternamente impulsionante.
Qualquer ação, até mesmo os menores movimentos duma pessoa, tudo
foi precedido sempre de uma vontade espiritual. Os corpos exercem em tais casos
apenas a função de instrumentos vivificados pelo espírito, que propriamente só
adquiriram consistência através da força do espírito. Assim também árvores,
pedras e toda a Terra. Tudo é vivificado, traspassado e impulsionado pelo
espírito criador.
Visto que a matéria toda, portanto o que é visível terrenamente,
só vem a ser efeito da vida espiritual, não te será difícil compreender que,
conforme a espécie mais imediata da vida espiritual que nos rodeia,
assim se formarão também as circunstâncias terrenas. O que daí se deduz
logicamente é claro: ao próprio ser humano é dada, pela sábia disposição da
Criação, a força para formar as condições de vida mediante a própria força do
Criador. Feliz dele se a utilizar somente para o bem! Mas ai dele, se se deixar
induzir a utilizá-la para o mal!
Nos seres humanos o espírito somente é envolvido e escurecido
através das ambições terrenas que, como escórias, aderem, sobrecarregam e
arrastam-no para baixo. Seus pensamentos são, pois, atos de vontade nos quais
repousa a força do espírito. O ser humano dispõe da decisão para pensar bem
ou mal e pode assim orientar a força divina tanto para o bem como para o mal! Nisso
se baseia a responsabilidade que o ser humano tem consigo, pois a recompensa ou
o castigo hão de vir, já que todas as conseqüências dos pensamentos voltam ao
ponto de início através da lei da reciprocidade instituída, que nunca falha, e que
nisso é inamovível, portanto, inexorável. E por isso também incorruptível,
severa e justa! Não se diz o mesmo também a respeito de Deus?
Se muitos inimigos da fé hoje nada mais querem saber da
divindade, tudo isso não consegue alterar em nada os fatos que expus. Basta que
essas pessoas suprimam a palavra “Deus” e se aprofundem seriamente na ciência,
virão a encontrar então exatamente o mesmo, só que expresso em outras
palavras. Não é, portanto, ridículo discutir sobre isso?
Continua...
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