ERROS
- Parte V
O
Criador quer que Suas criaturas humanas estejam de olhos abertos na
Criação. Estar vendo, porém, significa sabendo! E ao saber, a
crença cega não se coaduna. Nisso só há indolência e preguiça
de pensar, nenhuma grandeza!
A
prerrogativa da faculdade de pensar leva o ser humano também ao
dever de analisar!
Visando
furtar-se a isso tudo, o ser humano, por comodidade, tratou de
diminuir tanto o grande Criador, que chegou a lhe atribuir atos
arbitrários como prova de Sua onipotência.
Quem
quiser pensar apenas um pouco tem de encontrar nisso outra vez um
grande erro. Um ato arbitrário implica a possibilidade de alterações
nas leis vigentes da natureza. Onde, porém, é possível tal coisa,
lá falta perfeição. Pois onde há perfeição, não pode haver
alteração. Assim está sendo apresentada erroneamente de tal
maneira a onipotência de Deus, por uma grande parte da humanidade,
que para aqueles que pensam mais profundamente teria de valer como
uma prova de imperfeição. E nisso reside a raiz de muitos males.
Dai
a Deus a honra da perfeição! Nisso encontrareis a chave para os
problemas não-solucionados de toda a existência. — Levar até aí
os sinceros pesquisadores há de ser o meu empenho. Um novo alento
deve perpassar os círculos de todos os que procuram a Verdade.
Acabarão reconhecendo com júbilo que em todos os acontecimentos do
mundo não há nenhum segredo, nenhuma lacuna. E então... verão
diante de si bem nítido o caminho para a escalada. Bastar-lhes-á
tão-só prosseguir por ele. —
O
misticismo não tem absolutamente nenhuma justificativa em toda a
Criação! Nem sequer sobra lugar para ele, pois tudo deve
apresentar-se claro e sem lacunas diante do espírito humano, até
sua origem. Unicamente aquilo que estiver acima
dessa
origem deverá permanecer para cada espírito humano como o mais
sacrossanto mistério. Por isso, o que é divino nunca será
compreendido por ele. Nem sequer mediante a melhor boa vontade e o
maior saber.
Nessa
impossibilidade de compreender tudo relativo ao divino reside para o
ser humano, porém, o acontecimento mais
natural que
se possa pensar, pois, como se sabe, nada consegue ultrapassar a
composição de sua própria origem. Nem mesmo o espírito da
criatura humana! Em composições diferentes reside sempre um limite.
E o divino é de constituição totalmente diversa do espiritual,
donde promana o ser humano.*
O
animal, por exemplo, mesmo no mais pleno desenvolvimento anímico,
jamais poderá tornar-se criatura humana. Em hipótese alguma poderá
florescer de sua entealidade o espiritual, que gera o espírito
humano. Na composição de tudo quanto é enteal, falta a espécie
básica espiritual. Por sua vez, porém, o ser humano, que promana da
parte espiritual da Criação, jamais poderá se tornar divino,
porque o espiritual nada tem da espécie do divino. O espírito
humano pode, sim, se desenvolver até o mais alto grau de perfeição,
mas apesar disso terá de permanecer sempre espiritual.
Não
pode atingir o divino, acima dele. A constituição diferente forma
também aqui, naturalmente, o limite jamais transponível para cima.
A matéria não desempenha aqui nenhum papel, por não ter vida
própria e servir apenas de invólucro impulsionado e moldado pelo
espiritual e pelo enteal.
Continua...
* A tal respeito em futuras dissertações serão dadas mais amplas especificações.
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