ERA
UMA VEZ…! - Parte
X
Segundo
as leis divinas da Criação, todo dignitário, todo juiz, fosse qual
fosse o cargo que desfrutasse aqui na Terra, não deveria nunca
ficar, em sua atuação,
sob
o abrigo da posição que exerce, mas sim ser responsável
pessoalmente,
e
sem
proteção, como
qualquer outra pessoa, por tudo quanto fizer
em
seu cargo. E não só espiritualmente, como materialmente também.
Assim cada qual tomaria as coisas muito mais a sério e com mais
cuidado. Certamente não mais se repetiriam tão facilmente os assim
chamados “erros”, cujas conseqüências são sempre irreparáveis.
Sem falar dos sofrimentos físicos e anímicos das pessoas atingidas
e de seus parentes.
Examinemos,
todavia, mais de perto o capítulo pertencente também a este assunto
dos processos das assim chamadas “bruxas”!
Quem
por acaso chegou alguma vez a examinar os autos de tais processos há
de ter enrubescido de vergonha, desejando nunca ter feito parte desta
humanidade. Bastava outrora um ser humano possuir conhecimentos sobre
plantas terapêuticas, mediante experiência prática ou adquirida
por tradição, e com isso prestar ajuda a pessoas doentes que o
procurassem, era sem mais demora arrastado a torturas de que por fim
só se livraria pela morte na fogueira, a não ser que seu corpo
sucumbisse antes às crueldades.
Até
mesmo a beleza corporal, principalmente a castidade, que se opusesse
à vontade alheia, servia de pretexto e motivo.
E
as atrocidades medonhas da Inquisição! Relativamente poucos são os
anos que nos separam desse “outrora”!
Da
mesma forma que hoje reconhecemos essas injustiças, também as
reconhecia o povo de tais épocas. Pois esse não estava ainda tão
estreitado pelo “raciocínio”, nele ainda repontava aqui e acolá
o sentimento, o espírito.
Não
se reconhece hoje uma total estreiteza nisso tudo? Uma estupidez
irresponsável?
Fala-se
sobre isso com superioridade e encolher de ombros, e, todavia, no
fundo nada aí se alterou. Ainda se conserva intata a presunção
estreita com referência a tudo o que não foi compreendido! Só que
em lugar dessas torturas se recorre atualmente ao sarcasmo público
para tudo o que, devido à própria estreiteza, não se compreende.
Que
cada qual bata no peito e pense seriamente sobre isso, sem
restrições. Toda a pessoa que possui a capacidade de saber o que
para os demais fica inacessível, que talvez possa ver, com os olhos
de matéria fina, o que se passa no mundo dessa mesma matéria, como
um fenômeno natural, que dentro em pouco não provocará mais
dúvidas nem ataques brutais, será de antemão considerada como
impostora pelos heróis do raciocínio, isto é, por criaturas
humanas não completamente normais, e talvez também pela Justiça.
E
ai daquele que não sabe o que fazer com isso e que com a maior
inocência fala dessas coisas que viu e ouviu. Terá de temer como os
primeiros cristãos no tempo de Nero, cujos auxiliares se achavam
sempre prontos para cometer assassínios.
Caso
essa pessoa ainda possua outras capacidades, incompatíveis com a
compreensão jamais
acessível
dos seres humanos explicitamente de raciocínio, será
implacavelmente perseguida, caluniada e posta à margem, se não se
submeter à vontade de qualquer um; se possível será tornada
“inócua”, conforme a expressão tão habilmente escolhida.
Ninguém sentirá remorsos por causa disso. Um tal ser humano ainda
hoje é considerado caça livre de muitos indivíduos interiormente
pouco limpos. Quanto mais restrito um ser humano, maior também a
ilusão de perspicácia e o pendor para a arrogância.
Continua...
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