ERA
UMA VEZ…! - Parte
IX
Há
na realidade apenas um
inimigo
da humanidade, ao longo de toda a linha: o
domínio, até agora irrestrito, do raciocínio! Isso foi
o grande pecado
original, a
mais grave culpa do ser humano, que acarretou todos os males. Isso
se
tornou o pecado
hereditário, e
isso
também é o anticristo que,
segundo o que foi anunciado, levantará a cabeça. Em termos mais
claros, o domínio do raciocínio é seu instrumento, pelo qual os
seres humanos lhe estão submissos. Submissos a ele, o inimigo de
Deus, o próprio anticristo... Lúcifer!*
Encontramo-nos
no meio dessa época! Ele habita hoje em cada
ser
humano, pronto a destruí-lo, pois causa com sua atividade o imediato
afastamento de Deus, como conseqüência natural. Ele intercepta o
espírito, tão logo possa reinar.
Eis
por que deve o ser humano manter-se em constante vigilância. —
Não
deve, pois, por isso, diminuir seu raciocínio, mas sim transformá-lo
em instrumento,
como
ele é, e não torná-lo uma vontade prepotente. Não torná-lo
senhor!
A
criatura humana da geração vindoura contemplará os tempos de até
agora apenas com asco, horror e com vergonha. Semelhante ao que se dá
conosco, quando entramos numa antiga câmara de tortura. Aí também
vemos os maus frutos do frio domínio do raciocínio. Pois é
indiscutível de todo que uma pessoa com um
pouquinho só de coração e
conseqüente atividade espiritual jamais poderia ter inventado um tal
horror. Hoje, com certeza, isto não é diferente, apenas algo
disfarçado, e as misérias das massas são frutos podres, como as
antigas torturas individuais.
Quando
o ser humano vier a volver o olhar para trás, não terminará de
menear a cabeça. E perguntará a si mesmo como foi possível
suportar em silêncio tais erros durante milênios. A resposta é,
evidentemente, muito simples: pela violência. Para onde se olhe,
logo se torna visível isso. Excluindo os tempos da remota
antigüidade, basta que entremos nas já citadas câmaras de tortura
que ainda hoje podem ser vistas por toda a parte e cuja utilização
não dista tanto assim da época presente.
Sentimos
arrepios, quando contemplamos esses antigos instrumentos. Quanta
brutalidade fria há nisso, quanta bestialidade! Decerto, nenhuma
pessoa do tempo atual terá dúvidas quanto aos pesados crimes que
tais práticas constituíram. Cometeram-se com isso, nos criminosos,
crimes ainda maiores. Mas também muitos inocentes foram arrancados
de suas famílias e da liberdade, e atirados brutalmente naquelas
masmorras. Quantas lamentações, quantos gritos de dor faziam-se
ouvir pelos que ficavam ali inteiramente à mercê de seus algozes!
Seres humanos tiveram de sofrer coisas diante das quais, em
pensamento, só se pode sentir aversão e pavor.
Cada
um perguntará a si próprio, automaticamente, se de fato foi
possível ter acontecido tudo isso com esses indefesos, e ainda por
cima com a aparência de todo o direito. Um direito que outrora só
se arrogaram pela violência. E novamente, através de dores físicas,
extraíam confissões de culpa das pessoas suspeitas para que, dessa
forma, sem percalços, pudessem ser assassinadas. Mesmo que tais
confissões de culpa só fossem obtidas à força e prestadas apenas
para fugir a impiedosos maus-tratos corporais, eram suficientes aos
juízes que precisavam de tais confissões para cumprir a “palavra”
da lei. Presumiriam realmente esses indivíduos broncos que com isso
se limpariam também perante a vontade divina e que poderiam
livrar-se da ação inexorável da lei fundamental da reciprocidade?
Ou
todas essas criaturas humanas eram escória dos mais endurecidos
criminosos, arrogando-se o direito de submeter os outros a
julgamento, ou fica demonstrado através disso, nitidamente, a
estreiteza doentia do raciocínio terreno. Um meio termo não pode
haver.
Continua...
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Dissertação: “O anticristo”.
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