ERA
UMA VEZ…! - Parte
IV
Somente
depois que o mal tiver sido extirpado de todo é que será aberto o
caminho para geral ascensão, nunca antes. E esse caminho então será
estável, porque pode trazer em si algo de vivo do espírito, o que
até agora era impossível. —
Antes
de entrarmos mais de perto nessas considerações, desejo esclarecer
o que é o espírito, como o único realmente vivo dentro do ser
humano. O espírito não é esperteza nem raciocínio! Tampouco é
sabedoria adquirida. Por isso chama-se erroneamente de “rico de
espírito” a uma pessoa que estudou muito, leu, observou e sabe
conversar bem a respeito disso. Ou que então brilhe através de boas
idéias e de perspicácia do raciocínio.
O
espírito é coisa muito diferente. Trata-se de uma constituição
autônoma,
oriunda do mundo de sua espécie igual, que é diferente da parte a
que pertence a Terra e, com isso, o corpo. O mundo espiritual
encontra-se mais alto, constitui a parte superior e mais leve da
Criação. Essa parte espiritual no ser humano, devido à sua
constituição, traz em si a incumbência de voltar ao espiritual,
tão logo se tenham desligado dela todos os envoltórios materiais. O
impulso para isso se manifesta num bem determinado grau de
amadurecimento, conduzindo então o espírito para cima, para sua
igual espécie, elevado para aí por meio de sua força de atração.*
O
espírito nada tem a ver com o raciocínio terrestre, e sim apenas
com a qualidade que se costuma denominar “coração”. Rico de
espírito tem, pois, a mesma significação que “dotado de
coração”, e não, dotado de raciocínio.
A
fim de mais facilmente verificar tal diferença, o ser humano
sirva-se então da frase: “Era uma vez!” Muitos dos pesquisadores
encontrarão já através dela uma explicação. Caso se observarem
atentamente, poderão reconhecer tudo o que até agora na vida
terrestre foi útil à sua alma,
ou
o que serviu exclusivamente para lhes facilitar a manutenção e o
seu trabalho no âmbito terreno. O que, portanto, não só possui
valores terrenos, mas também do Além, e o que só serve para
finalidades terrenas, permanecendo, porém, sem valor para o Além. O
primeiro poderá levar consigo para o Além, o outro, porém, terá
de deixar para trás, no desenlace, como algo válido somente aqui,
já que mais adiante de nada lhe pode servir. O que deixa para trás
vem a ser apenas instrumento para os acontecimentos terrestres, meio
auxiliar para a época
terrena, nada
mais.
Se
um instrumento não é utilizado somente como tal, e sim ajustado
muito acima de sua capacidade, lógico é que não terá serventia
para essa altitude, por se achar em lugar errado, acarretando com
isso também falhas de várias espécies que, com o decorrer do
tempo, resultarão em conseqüências nefastas.
A
esse instrumental pertence, como o mais elevado, o raciocínio
terreno que,
como produto do cérebro humano, tem de trazer restrição em si, à
qual tudo quanto é de matéria grosseira corporal está sempre
sujeito, por sua própria constituição. E o produto não pode ser
diferente da origem. Permanece sempre ligado à espécie de origem.
Do mesmo modo as obras que surgirem através do produto.
Disso
resulta, naturalmente, para o raciocínio, a mais restrita capacidade
de compreensão, somente terrena, estreitamente ligada ao espaço e
ao tempo. Já que ele descende da matéria grosseira, por si morta, a
qual não tem vida própria,
logo,
também ele não possui força viva. Essa circunstância se
manifesta, logicamente, em todos os atos do raciocínio, o qual, por
isso, permanece impossibilitado de transmitir algo vivo às suas
obras.
Nesses
acontecimentos naturais imutáveis se encontra a chave para as
ocorrências sombrias durante a existência do ser humano nesta
pequena Terra.
*
Dissertação: “Eu sou a ressurreição e a vida; ninguém chega
ao Pai, a não ser por mim!”
Continua...
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