O
MUNDO – Parte V
A
existência da semente primordial não pode ser negada nem mesmo pelo
mais fanático cético, contudo não pode ser notada pelos olhos
terrenos, porque se trata de outra matéria, do “Além”.
Chamemo-la de novo, calmamente, matéria fina.
Também
não é difícil compreender que, de modo natural, o mundo assim
criado primeiramente
é
constituído igualmente de matéria fina e não é reconhecível aos
olhos terrenos. Somente o sedimento mais
grosseiro que
depois
resulta
disso, dependente do mundo de matéria fina, é que forma, pouco a
pouco, o mundo de matéria grosseira com seus corpos de matéria
grosseira, e tão-só
isso pode
ser observado desde os mínimos inícios com os olhos terrenos e com
todos os meios auxiliares de matéria grosseira.
O
mesmo acontece com o invólucro do ser humano propriamente dito, em
sua espécie espiritual, de que virei a falar ainda. Em suas
peregrinações através dos mundos diferentes, suas vestes, capa,
manto, corpo ou instrumento, enfim, seja lá qual for o nome que se
queira dar ao invólucro, tudo terá de adquirir a estrutura idêntica
à do ambiente material em que ingressa, a fim de servir-se dele como
proteção e instrumento auxiliar necessário, se quiser ter a
possibilidade para agir direito
e
eficazmente.
Todavia,
como o mundo de matéria grosseira depende do mundo de matéria fina,
disso resulta também o efeito retroativo de todos os acontecimentos
do mundo de matéria grosseira para o de matéria fina.
Esse
enorme ambiente de matéria fina foi criado da semente primordial,
portanto acompanha o movimento circular eterno, acabando também por
ser atraído e arrastado para o lado posterior do gigantesco funil já
mencionado, onde se processa a decomposição para ser expelido do
outro lado como semente primordial, para novo circuito.
Igual
à atividade do coração e à circulação do sangue, assim é o
funil como coração da Criação material. O processo de
decomposição atinge, por conseguinte, a Criação inteira,
inclusive a parte de matéria fina, visto como tudo
quanto
é material torna a dissolver-se em semente primordial, para novas
formações. Em nenhuma parte se encontra uma arbitrariedade, pelo
contrário, tudo se processa segundo a lógica conseqüência das
leis primordiais, que não admitem outro caminho.
Por
isso, num determinado ponto do grande movimento circular dá-se o
momento para tudo o que foi criado, quer seja de matéria grosseira
ou fina, em que o processo de decomposição do que foi criado se
prepara de maneira autônoma, irrompendo por fim.
Esse
mundo de matéria fina é, pois, o lugar de estada transitória para
as pessoas terrenamente falecidas, o assim chamado Além. Acha-se
estreitamente interligado com o mundo de matéria grosseira, que lhe
pertence, que é um todo com ele. No momento do falecimento, o ser
humano penetra com o seu corpo de matéria fina, que traz junto com o
de matéria grosseira, nas imediações de igual espécie
fino-material do mundo de matéria grosseira, ao passo que deixa
neste o seu corpo de matéria grosseira.
Assim,
esse mundo de matéria fina, o Além, pertencente à Criação, está
sujeito às mesmas leis de contínuo desenvolvimento e decomposição.
Ao iniciar-se a decomposição, se processa por sua vez uma separação
entre o espiritual e o material de modo inteiramente natural.
Conforme o estado espiritual do ser humano no mundo de matéria
grosseira, bem como no de matéria fina, terá o ser humano
espiritual, o “eu” propriamente dito, de se movimentar para as
alturas ou permanecer acorrentado à matéria.
Continua...
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