INFANTILIDADE
– Parte II
As
leis humano-terrestres são elaboradas pelo raciocínio terreno e são
também executadas por ele. Por
isso, os
planos considerados com o raciocínio, isto é, atos premeditados,
são, como tais, castigados e julgados mais severamente do que os
atos irrefletidos, isto é, não premeditados. A estes últimos é
concedido julgamento mais brando, na maioria dos casos.
Isto
tem na realidade uma conexão, imperceptível aos seres humanos, na
igual espécie da atuação do raciocínio sob a pressão da lei da
Criação, para todos aqueles que se curvam ao raciocínio
incondicionalmente. A eles, isso é inteiramente compreensível.
Sem
saber disso, num ato irrefletido, a maior parte do remate da culpa é
com isso transferida para
o plano espiritual. Legisladores
e juízes nem sequer pressentem isso, pois partem de bases muito
diversas, puramente mentais. Todavia, com a reflexão mais profunda e
a compreensão das leis atuantes da Criação, tudo se encontra sob
uma luz bem diversa.
Entretanto,
também em outros julgamentos e sentenças terrenas as leis vivas de
Deus na Criação atuam totalmente autônomas, não influenciáveis
pelas leis nem pelos conceitos humano-terrestres. Nenhum ser humano
sincero pensará que a culpa verdadeira, não apenas a rotulada pelas
criaturas humanas como tal, depois de cumprido o castigo ditado e
imposto pelo raciocínio terreno, pudesse estar liquidada também ao
mesmo tempo perante as leis de Deus.
Desde
milênios são praticamente dois mundos distintos, separados pelo
modo de pensar e de agir das criaturas humanas, conquanto devessem
ser somente um
mundo,
onde unicamente atuassem as leis de
Deus!
Mediante
um tal castigo terrestre só pode resultar um resgate, enquanto as
leis e as penalidades concordarem totalmente com as leis da Criação,
de Deus. Existem, pois, dois tipos de atos irrefletidos. Primeiro, os
já descritos, que deveriam chamar-se impulsos
propriamente,
e, além disso, aqueles que irrompem no cérebro anterior, isto é,
não no espírito, e que pertencem ao setor do raciocínio. Eles são
irrefletidos e não deveriam ter as mesmas indulgências como as
ações de impulso.
Todavia,
quanto a isso só poderiam descobrir acertadamente as diferenciações
justas, aquelas
pessoas
que conhecessem todas as leis de Deus na Criação e estivessem a par
de seus efeitos. Isto deve ficar reservado a um tempo vindouro, no
qual não haja mais ações arbitrárias entre os seres humanos,
porque estes terão um amadurecimento espiritual que em todos os seus
atos e pensamentos somente os deixará vibrar em harmonia com as leis
de Deus.
Esta
digressão tem o fim apenas de estimular a reflexão, não pertence
propriamente ao tema específico desta dissertação.
Basta
que fique bem acentuado aqui que vontade e ação são uma
coisa única nos
planos espirituais, mas que se separam nos planos materiais devido à
espécie da matéria. Por isso Jesus já disse outrora aos seres
humanos: O
espirito é bem-intencionado, mas a carne é fraca! A
carne, aqui significando a matéria grosseira do corpo, não
transforma em ação tudo aquilo que no espírito já era vontade e
ação.
Contudo,
poderia o espírito, mesmo aqui na Terra, com sua roupa de matéria
grosseira, forçar a sua vontade a sempre se tornar ação na matéria
grosseira, se não fosse demasiado indolente para isso. E nem pode
responsabilizar o corpo por essa indolência, porque o corpo foi dado
a cada espírito apenas como instrumento, que ele deve aprender a
dominar, para dele utilizar-se com acerto.
Continua...
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