INFANTILIDADE
– Parte I
A
palavra “infantil” é uma expressão que os seres humanos, em seu
modo leviano e impensado de falar, na maioria dos casos empregam
erroneamente.
Devido
ao estorvo da preguiça espiritual, essa expressão não é
suficientemente intuída para poder ser compreendida direito. É
claro que quem não a houver compreendido em toda a sua extensão
jamais poderá empregá-la acertadamente.
E,
entretanto, é exatamente a infantilidade que oferece uma forte ponte
aos seres humanos para a escalada às alturas luminosas, para a
possibilidade de amadurecimento de cada espírito humano e para o
aperfeiçoamento em prol duma eterna permanência nesta Criação,
que é a casa de Deus-Pai, que Ele pôs à disposição dos seres
humanos, se... aí permanecerem como hóspedes agradáveis.
Hóspedes
que não danifiquem o recinto, que por graça lhes foi concedido
apenas para usufruto, com mesa sempre fartamente posta.
Quão
distanciado, porém, se encontra agora o ser humano dessa
infantilidade, para ele tão necessária!
Contudo,
sem ela nada poderá obter para o seu espírito. O espírito tem
de
possuir infantilidade, pois é e permanece uma criança da Criação,
mesmo quando adquire total amadurecimento.
Uma
criança da Criação! Nisso
jaz o sentido profundo, pois tem de se desenvolver de maneira a se
tornar uma criança de Deus. Quanto a alcançar isso, só depende do
grau de reconhecimento que ele está disposto a adquirir durante sua
peregrinação através de todas as matérias.
Conjuntamente
com essa disposição tem de mostrar também a ação.
Nos
planos espirituais, a vontade é também ao mesmo tempo ação.
Vontade e ação sempre são acolá uma
coisa única. Contudo,
isto só é assim nos planos espirituais
e
não nos planos materiais. Quanto mais espesso e mais pesado for um
plano da matéria, tanto mais longe a ação fica da vontade.
Que
a espessura age dificultando, já se percebe no som que tem de passar
na movimentação através da matéria, que o retarda conforme a
qualidade dessa espessura. Isto é nitidamente perceptível, mesmo
nas distâncias mais curtas.
Quando
uma pessoa corta madeira em pedaços, ou prega nas vigas em qualquer
construção, pode-se ver bem nitidamente a pancada da sua
ferramenta, ao passo que o som só chega após alguns segundos. Isso
é tão notório, que não há pessoa que não tenha assistido a isso
aqui e acolá.
Coisa
análoga, mas ainda mais difícil, ocorre com o ser humano na Terra
com relação à vontade e à ação. A vontade irrompe no espírito
e imediatamente se torna ação nele. Todavia, para que a vontade se
torne visível na matéria, precisa do corpo de matéria grosseira.
Somente no impulso cada corpo age já alguns segundos depois do
irromper da vontade. Com isso fica excluído o trabalho mais demorado
de um cérebro anterior, o qual normalmente tem de proporcionar o
caminho da vontade até a impressão sobre a atividade do corpo.
O
caminho real dura um tempo relativamente mais longo. Às vezes vem a
ser uma manifestação de modo apenas fraco, ou nem chega a se tornar
ação, porque a vontade acaba por se enfraquecer durante o trajeto
mais longo, ou então, por causa do raciocínio cismador, torna-se
completamente bloqueada.
Com
essa consideração, quero dar uma indicação, independente desse
assunto, sobre efeitos despercebidos, e, contudo, nitidamente
visíveis na atuação humana, da lei da Criação da atração das
espécies iguais:
Continua...
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