O CLAMOR PELO GUIA - Parte III
Exatamente pelo
fato de um guia exigir desde logo, para compreensão de suas palavras,
vivacidade espiritual, vontade séria, auto-esforço, separa brincando, já
no início, o joio do trigo. Existe aí uma atuação automática, como só se dá nas
leis divinas. E assim sucederá aos seres humanos, também nisso, como eles
realmente querem. —
Há, entretanto,
mais outra espécie de criaturas humanas que se têm na conta de especialmente
ativas!
Essas pessoas
formaram uma idéia muito diferente do guia, conforme se pode ler em relatórios.
Isso não é menos grotesco, pois esperam nisso um... acrobata espiritual!
Em todo o caso,
milhares já estão convencidos de que a clarividência, a clariaudiência, a
hipersensibilidade, etc., constituiriam grande progresso, quando na realidade não
é assim. Tais coisas, por mais que aprendidas e cultivadas, ou mesmo sendo
dotes já trazidos, nunca podem erguer-se acima do pesadume terrestre,
movimentam-se apenas em limites inferiores, limites esses que jamais poderão
pretender níveis elevados, sendo, por essa razão, desprovidos de valor.
Pretender-se-á com
isso ajudar a humanidade a subir, mostrando-lhe coisas de matéria fina do
mesmo nível, ou ensinando-lhe a ouvi-las e vê-las?
Isso nada tem a
ver com a real ascensão do espírito. Do mesmo modo que é inútil para os
fenômenos terrenos! São acrobacias espirituais, nada mais, interessantes para
as pessoas individualmente, mas sem nenhuma espécie de valor para a
humanidade em geral!
Que todos esses
desejem um guia dessa espécie, que de fato saiba mais do que eles, é facilmente
compreensível. —
Todavia existe um
número maior que deseja ir ainda mais longe, às raias do ridículo. E que,
apesar disso, tomam isso muito a sério.
Para eles, por
exemplo, vale como condição básica para a capacitação de guiar, que um guia...
não possa resfriar-se! Caso se resfrie, está destituído, pois isso não
corresponde, segundo sua opinião, a um guia ideal. Um forte tem de, em todos os
casos e antes de mais nada, ser superior a todas essas ninharias com o seu
espírito.
Isso talvez soe
um pouco forçado e ridículo; trata-se, porém, de fatos colhidos, e significa
uma repetição fraca da antiga exclamação: “Se és Filho de Deus, então ajuda a
ti mesmo e desce da cruz”. — Isso bradam já hoje, antes mesmo de aparecer tal
guia!
Pobres ignorantes
seres humanos! Aquele que disciplina seu corpo de forma tão unilateral, que
este se torne insensível temporariamente, sob a força do espírito, esse, de
modo algum, é um vulto eminente! Os que o admiram parecem-se com a criançada de
séculos passados que seguia de boca aberta e olhos arregalados os malabaristas
que passavam contorcendo-se, e queria tanto poder imitá-los.
E tal qual a
criançada daqueles tempos, nesse campo totalmente terreno, não mais
progrediram muitos dos assim chamados buscadores do espírito e de Deus do tempo
atual, no campo espiritual!
Continua...
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