O CLAMOR PELO GUIA – Conclusão
Prossigamos
considerando: os saltimbancos dos velhos tempos, de que acabei de falar,
desenvolveram-se cada vez mais, tornando-se acrobatas de circos e locais
congêneres. Conseguiram alcançar proporções extraordinárias e ainda atualmente,
dia após dia, milhares de espectadores exigentes assistem com pasmo, sempre de
novo, e muitas vezes com calafrios a tais representações.
Porventura ganharam
para si com isso alguma coisa? Que lucro lhes advém de tais horas? Apesar
de que muitos acrobatas também arriscam suas vidas nessas exibições. E sem o
mínimo proveito, porque mesmo tendo alcançado tamanha perfeição, têm de
continuar sempre apenas nos teatros de variedades e circos. Servirão
sempre só para entretenimento, e nunca para qualquer vantagem da humanidade.
Uma acrobacia idêntica,
no plano espiritual, é o que se procura agora como padrão para o
grande guia!
Deixai tais
criaturas humanas com esses acrobatas espirituais! Em breve experimentarão
vivencialmente até onde isso as conduzirá! Ignoram também o que realmente
querem conquistar com isso. Elas imaginam: Grande é apenas aquele cujo espírito
domina o corpo, a ponto de não mais conhecer doença!
Todo esse
aprendizado é unilateral, e a unilateralidade produz somente insalubridade,
doença! Com tais coisas o espírito não é fortalecido, mas sim unicamente
o corpo fica enfraquecido! O indispensável equilíbrio para
uma harmonia sadia entre o corpo e o espírito fica deslocado, e o fim é que o
espírito acaba se desligando prematuramente do corpo assim maltratado, sem
dispor mais da necessária ressonância sadia e vigorosa para a experiência
vivencial na Terra. Mas o espírito sente essa falta e chega então imaturo
ao Além. Será obrigado mais uma vez a fazer um estágio na Terra.
Trata-se
tão-somente de artifícios espirituais que se processam à custa do corpo
terreno, o qual, na realidade, devia auxiliar o espírito. O corpo pertence a
uma fase do desenvolvimento do espírito. Caso seja enfraquecido e oprimido, não
poderá ser útil ao espírito, pois suas irradiações serão fracas demais, para
produzirem na matéria a energia total de que necessita.
Se um ser humano
quer subjugar uma doença, tem de provocar espiritualmente a pressão de um
êxtase sobre o corpo, da mesma forma como ocorre em escala pequena quando o
medo pelo dentista possa afastar as dores. Tais elevados estados de agitação um
corpo suporta certamente sem perigo uma vez, talvez mais vezes, mas não por
períodos prolongados, sem sofrer sérios danos.
E quando um guia
faz ou propõe isso, não merece ser tomado na conta de guia, pois com sua
atuação está em contravenção com as leis naturais da Criação. O ser humano
terreno tem de preservar seu corpo, como um bem que lhe foi confiado, e
procurar manter a harmonia sadia entre ele e o espírito. Caso esta seja
perturbada mediante opressão unilateral, então deixará de ser progresso, ascensão;
pelo contrário, será um estorvo incisivo para a realização de sua tarefa na
Terra, bem como, aliás, na matéria. A força plena do espírito aí se
perde com referência a seu efeito na matéria, porque ele necessita para
isso, de qualquer modo, da força de um corpo terreno não subjugado, mas sim,
que se harmonize com o espírito!
Aquele que,
baseando-se em tais coisas, é chamado de mestre vale menos do que um aprendiz
que desconhece de todo as incumbências do espírito humano e as necessidades de
sua evolução! É até mesmo nocivo ao espírito.
Não tardarão a
reconhecer dolorosamente sua tolice.
Cada falso guia,
porém, terá de passar por experiências amargas! Sua ascensão no Além só
principiará quando o último dos que ele transviou ou deteve com suas
brincadeiras espirituais já tiver alcançado o reconhecimento. Enquanto seus
livros, seus escritos tiverem influência aqui na Terra, ele permanecerá detido
no Além, mesmo que nesse ínterim ali chegue a noções melhores.
Quem
aconselhar práticas ocultas dá aos seres humanos pedra em lugar de pão,
mostrando com isso que nem sequer possui uma idéia dos verdadeiros fenômenos
no Além, e menos ainda de toda a engrenagem universal!
FIM
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