De Amizade e Respeito!
Ademais, como qualquer relação entre hóspede e hospedeiro.
Isso soa estranho,
principalmente onde os conceitos de família são muito arraigados e os laços
fortes, muitas vezes inquebrantáveis.
Mas, diante das Leis de Deus,
um filho nada mais é do que um hóspede na casa de seus pais! Que a humanidade
não observe isso e nem haja corretamente a respeito está na raiz de muitos
males e sofrimentos que assolam a vida humana.
Quantas vezes não se ouve a
expressão “não pedi para nascer!”, e quantas vezes não ouvimos um pai ou mãe
perguntando a alguém que não tem filhos sobre quem cuidará destes na velhice?
Estas situações não são meras exceções e podem nos mostrar o quanto existe de
egoísmo e de interesses próprios por trás da bela expressão “família”!
A criança não trás qualquer
hereditariedade espiritual em relação a seus pais, pois tal coisa não existe.
Heranças e outros direitos e
deveres são apenas questões sociais, criadas pelo homem para regulamentar a
vida em comunidade.
Contudo, sim, cabe aos pais a
responsabilidade pela criação de seus filhos, promovendo, o quanto antes seja
possível, a capacidade destes de se sustentarem por seus próprios esforços.
Pois, o que vai além desse cuidado deve ser considerado pelos filhos como um
bônus, um presente a mais doado por seus pais, jamais como uma obrigação.
Por outro lado, ser pai e mãe
não torna ninguém proprietário de um ser humano. A nenhum pai ou mãe é dado
direito de decidir as escolhas e a vida de seus filhos. Como diz o dito popular
acertadamente: “os pais criam os filhos para o mundo!”.
Enfim, ganharão todos quando
pais e filhos puderem ser amigos com respeito e compreensão mútua, deixando de
lado os conceitos de família em que todos se acham com muitos direitos e nenhum
dever.
“Com a
geração, porém, incumbem-se os pais de cuidar desse receptáculo e de
conservá-lo em bom estado até que a alma que o ocupa esteja em condições de
dirigi-lo. O desenvolvimento normal do corpo indica qual a época em que isso se
dá. Daí por diante tudo o que os pais fizerem é a título gracioso
exclusivamente.” (ABDRUSCHIN)
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