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NA LUZ DA VERDADE: O LIVRO DA VIDA

 


MENSAGEM DO GRAAL DE ABDRUSCHIN

O LIVRO DA VIDA

ASSIM como a escuridão cobriu o Gólgota quando Jesus, a Luz viva, deixou esta Terra, assim ela se estende agora sobre a humanidade, trazendo-lhe de volta o grande sofrimento que ela causou ao amor de Deus, com a maneira cruel do ardiloso raciocínio, incapaz da mínima vibração intuitiva, e que, como o mais forte instrumento de Lúcifer, era sagrado para vós  

Procurai, pois, agora, seres humanos, se puderdes, proteger-vos da ira sacrossanta de Deus com o vosso raciocínio! Defendei-vos contra a onipotência daquele que magnanimamente vos entregou esta parte da Criação para usufruto, mas que devastastes e sujastes como uma estrebaria de animais sem trato, a ponto de aí só poderem habitar o sofrimento e a miséria, porque ante vosso comportamento errado e vosso querer tenebroso, toda a paz e alegria fogem, toda a pureza se esconde horrorizada.

Procurai esconder-vos da indesviável justiça de Deus! Ela vos atinge por toda a parte, executando inexoravelmente a vontade divina, sem perdoar algo da tremenda culpa com que vos sobrecarregastes por presunção e teimosia.

Sois julgados antes mesmo que possais balbuciar uma única palavra de desculpa, e de nada vos valem todos os rogos, todas as súplicas, todas as blasfêmias ou imprecações, pois empregastes e dilapidastes imperdoavelmente o último prazo destinado ao exame de consciência e conversão, cuidando apenas de vossos vícios! —

Não vos digo isso como advertência, pois para tanto já é demasiado tarde. Longe estou de continuar a advertir, como tenho feito há anos. Deveis apenas refletir nisso no vivenciar vindouro! Por isso digo mais uma vez o que esse tempo contém para vós. Talvez o saber disso vos alivie em muitos sofrimentos, mesmo que isso nada mais possa evitar.

Sabeis que é o resgate da culpa que vós próprios pusestes voluntariamente sobre os ombros, pois ninguém a isso vos obrigou. Se, mediante minhas palavras, puderdes, em vosso sofrimento, chegar ao reconhecimento, renascendo assim, dentro de vós, a saudade pela Luz e a pureza, que se objetiva por um pedido cheio de humildade, então, mesmo afundando, ainda poderá existir salvação para vós, sim, porque o amor de Deus permanece vigilante.

Então podereis ver também a nova vida, que o Senhor só outorgará àqueles que de bom grado vibram nas sagradas leis da Sua Criação, que conservam a Sua casa, da qual sois apenas hóspedes, livre de todas as ações hostis à Luz e que, por sua vez, não devastem criminosamente os belos jardins, em cujo esplendor e pureza eles devem continuamente se alegrar, para nisso se fortalecer.

Ó cegos, por que não quereis despertar! De tanta coisa grave poderíeis poupar-vos. Dessa forma, porém, todo o vosso ser terá de envolver-se em escuros véus de profunda melancolia, donde somente através dos relâmpagos fulminantes da sagrada ira de Deus vos podem advir ainda libertação e salvação!

E essa ira irromperá sobre vós com inimaginável poder no sagrado Juízo! —

O Juízo, porém, é diferente do que pensais. Sabeis da existência dum Livro da Vida, que pelo Juiz Deus em determinada hora será aberto para cada um!

O Livro da Vida mostra os nomes de todas as criaturas que chegaram à vida, e nada mais.

As folhas escritas, porém, que constituem esse grande Livro da Vida, que mostram o pró e o contra de cada pensamento e de todas as ações de cada um isoladamente, são as próprias almas, onde está impresso tudo quanto elas vivenciaram e executaram no decorrer de sua existência.

Nisso, fácil é ao Juiz ler claramente todos os prós e os contras. Quanto a essa leitura, pensais também erroneamente. Também isso é muito mais simples do que procurais imaginar.

O Juiz não faz cada alma isoladamente caminhar até diante Dele, até diante de Seu trono, e sim envia em missão de Deus seus golpes de espada pelo Universo! Os golpes de espada são irradiações que emanam, atingindo tudo na Criação.

Reconhecei a grande simplicidade e a surpreendente naturalidade! O Juiz não envia os raios a este ou àquele, consciente ou deliberadamente, não, simplesmente os emite por ordem sagrada de Deus, pois é a força de Deus, nada mais poderia atuar dessa maneira senão a Sua sacrossanta vontade!

Os golpes da irradiação, ou as irradiações, atravessam portanto a Criação toda, mas com uma força até então jamais havida.

Nada consegue se esconder do seu efeito! E assim, o raio da força divina atinge também cada alma em determinada hora na lei da atuação da Criação.

Então, tudo quanto a alma humana ainda traz consigo, por ocasião do impacto do raio de Deus, que nem se torna visível a ela, terá de reviver e também chegar aos efeitos e atividade, a fim de que nisso possa fechar seu último círculo de remate, que elevará ou afundará essa alma.

Do que uma tal alma, no decorrer de sua existência, já foi capaz de se livrar quanto ao erro e ao mal, em remates no vivenciar consentâneo com as leis da Criação, fica extinto de tal maneira como se nunca tivesse existido; por isso não pende mais nela, não está mais impresso nela. Está livre disso e limpa; por conseguinte, não lhe pode causar nenhum dano.

Somente aquilo que ainda não encontrou seu círculo de remate e que portanto ainda pende nela, ainda lhe está ligado, será sem mais demora forçado para o círculo de remate sob a pressão da Luz, ao mesmo tempo que se mostra, revivendo nas tentativas de atividade, e nisso também recebe o golpe que merece.

Tais golpes estão exatamente de acordo com a força do próprio querer que, desencadeando-se em ação de retorno, se dirigem contra a alma como ponto de partida! Pela pressão irresistível da Luz ficará tudo agora fortalecido e rechaçado para o ponto de partida, para a alma, sejam coisas boas ou más.

E tudo o que, de outro modo, no decorrer lento do âmbito condensado e endurecido de todas as almas humanas na Terra talvez ainda precisasse de muitos milênios para se fechar no círculo, agora ficará comprimido em poucos meses pela propulsão que ser humano algum esperava, decorrente da força dos golpes da Luz.

Assim se processa o Juízo do Universo em sua singela naturalidade! É desta vez o “Juízo Final”, que tantas vezes vos foi anunciado! Contudo, seus desencadeamentos são muito diferentes do que pensastes. O que a tal respeito vos foi anunciado outrora deu-se em imagens, porque doutra forma nem teríeis compreendido.

Através da Mensagem do Graal, contudo, progride vosso saber sobre a atuação na Criação, podendo por isso sempre vos ser dito algo mais, pois hoje, devido a minha Mensagem, já podeis compreender.

Os golpes de espada do derradeiro dia investem como fortes irradiações de Luz em direção à Criação e fluem através de todos os canais já formados mediante os efeitos automáticos das leis divinas na Criação, e constituídos por todo o intuir, pensar, querer e também atuar dos seres humanos, como pontos de partida.

Por isso os raios julgadores serão dirigidos através desses canais já existentes, com incontestável segurança a todas as almas, produzindo lá seus efeitos de acordo com o estado da respectiva alma, todavia, tão aceleradamente, que toda a sua existência será trazida em poucos meses para o último círculo de remate de toda a atuação de até então, soerguendo essas almas ou derrocando-as, vivificando-as e fortalecendo-as ou destruindo-as, de acordo com o estado real!

Assim é o Juízo! Hoje podeis através da Mensagem compreender o fenômeno descrito.

Antes não o teríeis podido compreender, e, por isso, tudo teve de ser anunciado em simples imagens, correspondendo mais ou menos ao funcionamento do processo. —

E esses golpes do Juízo Final já estão a caminho de vós, a caminho de cada um na Criação, não importando se está ou não com seu corpo terreno.

Os primeiros já vos atingiram e assim revive tudo quanto ainda pende em vossas almas.

Mas também os últimos golpes, que trazem aniquilação ou elevação, são enviados com severidade dominadora, para consumar a purificação desta Terra! Já estão se arremessando sobre a humanidade, e nada consegue em parte alguma detê-los. Na hora exatamente determinada por Deus será a humanidade atingida de maneira inexorável, porém justa! —

 

 

MENSAGEM DO GRAAL

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NA LUZ DA VERDADE: TUDO QUANTO É MORTO NA CRIAÇÃO DEVE SER DESPERTADO PARA QUE SE JULGUE!

 


MENSAGEM DO GRAAL DE ABDRUSCHIN

TUDO QUANTO É MORTO NA CRIAÇÃO DEVE SER DESPERTADO PARA QUE SE JULGUE!

JUÍZO FINAL! Todas as promessas a isso ligadas anunciam a ressurreição de todos os mortos para o Juízo Final. No sentido de tal expressão mais uma vez os seres humanos incluíram um erro, pois isto não deve significar: ressurreição de todos os mortos, e sim ressurreição de tudo quanto é morto! Isto é: vivificação de tudo quanto se acha sem movimento na Criação, para que se torne vivo para o Juízo de Deus e assim, em sua atividade, ser elevado ou exterminado!

Nada permanece imóvel agora, pois a força viva que agora flui fortalecida através de toda a Criação impele, pressiona e obriga tudo à movimentação. Dessa forma é fortalecido também o que até então repousava ou dormia. É despertado, fortificado e tem assim de agir, sendo em atividade redespertada praticamente arrastado para a Luz, mesmo que quisesse se esconder. Pode-se dizer também que vem à Luz e tem de se mostrar, não podendo mais continuar dormindo, onde quer que se encontre. Empregando palavras populares: Vem à tona.

Tudo se torna vida e atividade nesta Criação inteira, mediante a nova penetração da Luz! A Luz atrai com isso poderosamente... com ou sem a vontade do que está latente na Criação ou talvez até escondido, e que chega finalmente em contato com essa Luz, não podendo escapar dela nem que tenha as asas da aurora, e lugar nenhum da Criação inteira pode dar-lhe proteção. Nada permanece sem ser iluminado.

Na movimentação decorrente dessa atração, porém, terá de se destroçar e queimar nessa Luz aquilo que não suportar a irradiação, aquilo que, portanto, em si próprio já não aspirar mais por essa Luz. O que estiver sintonizado à Luz, porém, florescerá e se fortalecerá na pureza de seu querer!

Assim sucederá também com todas as características das almas desses seres humanos terrenos. O que até então parecia repousar morto, o que dormia, sem o conhecimento muitas vezes da própria pessoa, será sob essa força despertado e fortalecido, transformar-se-á em pensamentos e em ações, de modo a, segundo sua maneira de atuar, julgar-se em face da Luz! Ponderai, tudo o que estiver latente em vós será vivificado! Nisso se encontra a ressurreição de tudo quanto é morto! Juízo vivo! Juízo Final!

Com isso tendes de solucionar tudo em vós mesmos, tendes de purificar-vos, ou desaparecereis junto com o mal, caso ele se torne predominante em vós. Então ele vos segurará, caindo sobre vossas cabeças, escumando fragorosamente, para vos arrastar consigo ao abismo da decomposição, pois ele não poderá subsistir sob o esplendor da força divina! — —

Dei-vos, pois, a Palavra, que mostra o caminho, que no despertar desta Criação vos leva seguramente às alturas luminosas, que não vos deixará cair, aconteça o que acontecer e o que surgir dentro de vós! Se tiverdes o olhar voltado para a Luz, com fiel convicção, se tiverdes compreendido direito a minha Palavra, se a tiverdes acolhido em vossas almas, então escalareis tranqüilamente rumo às alturas, saindo do caos purificados e clarificados, livres de tudo quanto outrora vos podia estorvar a entrada no Paraíso.

Por isso velai e orai, para que não deixeis vossa clara visão turvar-se pela vaidade e pela presunção, que são as piores armadilhas para estes seres humanos terrenos! Acautelai-vos! Conforme tiverdes preparado o terreno dentro de vós, assim acontecerá para vós na purificação da Criação! —

 

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NA LUZ DA VERDADE: O SER HUMANO TERRENO DIANTE DE SEU DEUS

 


MENSAGEM DO GRAAL DE ABDRUSCHIN

O SER HUMANO TERRENO DIANTE DE SEU DEUS

CRIATURAS humanas, como vos mostrastes até agora perante o vosso Deus! Procurastes hipocritamente enganá-Lo, assim como também quisestes enganar a vós próprios com a falsa religiosidade que sempre se apresentava apenas nos vossos lábios, mas na qual o espírito nunca tomava parte. Vós instituístes regras e práticas em vossos templos, em vossas igrejas, sem indagar, entretanto, se essa maneira era de agrado a Deus. Bastava que apenas fosse de vosso agrado, então com isso estava realizado, para vós, o culto a Deus!

Não vedes, pois, quanta presunção existia em tudo isso. Vós quisestes determinar o modo. Quanto a isso, nunca perguntastes pela vontade de Deus. O que vós designastes grandioso devia, como tal, ser também considerado por Deus. Quisestes impor a Deus vossas concepções como sendo de direito em todas as coisas, não importando com o que vos ocupastes.

Tudo quanto vós considerásseis certo devia Deus recompensar como sendo correto, e tudo quanto vós considerásseis errado devia Ele castigar.

Jamais quisestes pesquisar seriamente o que Deus reconhecia como certo e o que, perante Seus olhos, seria errado. Não vos preocupastes com as leis divinas, nem com a sagrada e inflexível vontade de Deus, que existe desde toda a eternidade e que nunca mudou, nem mudará jamais!

Nessa vontade de Deus tereis de destroçar-vos e juntamente convosco toda a falsa obra humana, que criou leis que deviam servir vossos desejos terrenos. E vós mesmos, seres humanos, vos encontrais diante de Deus como servos intrigantes, preguiçosos, jamais tendo dado atenção à Sua vontade, no egoísmo, na presunção e no ridículo querer saber tudo.

Servos fostes e sois ainda, servos que se tinham na conta de senhores e que por orgulho e preguiça espiritual procuraram combater e derrubar tudo quanto não podiam compreender, quando não estivesse em concordância com a obtenção das baixas finalidades terrenas, as quais queriam que fossem consideradas como o mais elevado.

Desditosos, vós que pudestes pecar tanto! Tudo devia servir somente a vós, até as leis! Somente o que vos serviu, não importa de que forma, somente o que vos ajudou na satisfação de vossos desejos terrenos, só isso reconhecestes como certo, e somente de tais coisas quisestes saber.

Quando, porém, é exigido de vós que vós próprios sirvais com zelo e fidelidade a vosso Senhor, a quem deveis a existência, ficais completamente espantados, pois estais convencidos de que Ele, sim, é que deve servir-vos com Sua força, Sua grandiosidade e Seu grande amor!

Dado o alto conceito que tendes de vós, isso nem podia ser de outra forma! Pensastes, pois, que seria suficiente com relação ao culto a Deus, se reconhecêsseis Deus e em pensamento lhe pedísseis auxílio para a satisfação de todos os desejos que trazeis em vós. Que Ele, portanto, usando de palavras bem claras, vos sirva com a onipotência que lhe é própria, tornando bela vossa vida! Outra coisa não vos acode à mente.

Pedir, no melhor dos casos, foi vosso culto a Deus!

Ponderai com todo o rigor; jamais foi diferente.

Não sentis vergonha e ira ao mesmo tempo, acerca de vós mesmos, se vos examinardes a esse respeito?

A maioria dos seres humanos pensa que a existência terrena não tem outro objetivo, a não ser aquisições terrenas! Quando muito, também, a finalidade de ter uma família e filhos! Quem não pensa assim, pelo menos age assim! Mas que pode adiantar sob tais hipóteses uma reprodução, conforme denominais, quando na realidade não significa reprodução nenhuma, mas apenas dá a possibilidade de encarnação a outros espíritos humanos, para que estes progressivamente se aperfeiçoem e se desfaçam de antigos erros. Com vossa atuação aumentais o lastro de vossas culpas, pois assim impedis a ascensão de todos os espíritos que educais como vossos filhos para a mesma finalidade oca!

De que vale a construção dum reino terrestre, se não visa à glória de Deus, se não age segundo o sentido de Deus, que ainda ignorais por completo e tampouco até agora quisestes aprender a conhecer, visto colocardes vossa opinião acima de tudo o mais. Apenas quereis satisfazer-vos, e esperais ainda que Deus abençoe vossa obra malfeita! Mas servir e cumprir vossas obrigações para com Deus não tendes a mínima vontade de fazer.

Destroçar-se-á a atividade presunçosa da humanidade, que em sua ilusão ousa envolver o nome de Deus em tudo quanto é falso, conspurcando assim o que há de mais sagrado!

Sereis derrubados do trono de vossa sutileza intelectiva, para que ao menos alguns poucos dentre vós ainda obtenham a capacidade de, com sincera humildade, receber a verdadeira sabedoria que promana das alturas divinas, a qual unicamente pode vos tornar criaturas humanas, pois espontaneamente nunca amadureceríeis para tanto.

Conspurcais o que não vos agrada e logo tomais pedras na mão para eliminar as coisas incômodas que vos querem impedir de continuar a homenageardes a vós mesmos.

Preferis aclamar os séquitos luciferianos que lisonjeiam vossa vaidade e atiçam vossa presunção, para em seguida, mais seguramente, vos separar da Luz e conservar-vos na indolência espiritual, que conduzirá ao sono da morte de vossa própria existência!

Digo-vos, porém, que agora sereis despertados da embriaguez, do torpor abafadiço que já vos envolve ferreamente. Tereis de despertar mesmo contra a vossa vontade, nem que seja para identificar no último momento, com o mais tremendo desespero, o que abandonastes voluntariamente com vossa pecadora mornidão, antes de serdes atirados no pântano que vos pareceu desejável!

Purificados serão agora a Terra e todo o Universo! Nada mais restará da sujeira, para que assim em paz e alegria as criaturas possam servir a seu Senhor, ao Deus Todo-Poderoso, que em Seu amor lhes concedeu outrora o usufruto consciente de todas as bênçãos da Criação.

Quem quiser novamente trazer turvação, desdenhando as leis de Deus na Criação ou mesmo agindo contra elas, será inexoravelmente anulado, pois com tal procedimento só traz para vós inveja, ódio, sofrimento, doença e morte!

Toda essa aflição somente poderá ficar longe de vós, se procurardes realmente conhecer e observar a Palavra do Altíssimo! Para isso tem ela de ser primeiro compreendida, em seu verdadeiro sentido! Até agora, porém, só a tendes interpretado como agradava a vós próprios! E não como vos foi outorgada por Deus, para vosso auxílio e salvação das aflições mais sérias!

Nem sequer recuais amedrontados do fato de estardes tornando a própria Palavra sagrada em escrava de vossa vaidade, para, mediante a deformação do seu verdadeiro sentido, apenas vos servir, em vez de vós a servirdes para vossa própria salvação, naquele sentido com que ela vos foi dada!

Que fizestes da Palavra de Deus em vossas explicações e já ao escrevê-la! Só o fato de reunir-vos para debater sobre a mesma, vós, seres humanos terrenos, e a discutirdes, isso já testemunha as bases incertas e obscuras daquilo que ousastes apresentar como sendo a pura e sublime Palavra de Deus! A Palavra do Senhor é intocável, simples, clara e encontra-se gravada ferreamente na Criação.

Ali onde não é embaçada nem alterada, não há sofisticações nem debates! É compreensível a todas as criaturas.

Entretanto, em vossa presunção ridícula, considerastes coisa à-toa a grandeza dessa simplicidade! Trabalhastes na obscuridade da oficina do vosso cérebro penosamente, até que pudestes deformá-la tanto e conformá-la conforme o vosso gosto, de modo a corresponder aos vossos ínfimos desejos terrenos, às vossas fraquezas e ao alto conceito que tendes de vós e de vossa importância.

Criastes com isso uma conformação que deveria servir-vos, que satisfez vossa vaidade.

Pois nada mais é senão a mais rasteira vaidade essa espécie de humildade que aparentais, quando falais de vossos grandes pecados, para cuja remição um Deus se ofereceu em holocausto. Por vós, um Deus! Quão valorosos vós vos deveis julgar! E não precisais fazer mais nada a não ser condescendentemente pedir remição, atendendo às muitas solicitações!

Pensando nisso, mesmo o mais pretensioso, em sua humildade hipócrita, deve sentir-se um tanto pesado.

Esta é, porém, apenas uma coisa entre tantas outras. Deformastes tudo quanto devia ser explícito em vossa contingência de criatura consciente perante o grande Criador!

Sob a presunção da humanidade terrena nada disso permaneceu puro e sublime. Eis por que até o verdadeiro conceito em relação a Deus se desviou, tornando-se falso.

Pretensiosos, esperando uma boa recompensa, ou mendigando de modo desprezível, só assim estivestes diante de vosso Senhor, quando por acaso uma vez ou outra dedicastes o tempo e o esforço para pensar realmente Nele, forçados por alguma vicissitude, determinada pelo efeito de retorno de vossas ações!

Mas agora, finalmente, tendes de despertar e tomar a Verdade tal como é realmente e não conforme vós pensais que seja! Com isso desmorona tudo quanto é falso, e as lacunas do hipócrita querer-saber-melhor se tornarão visíveis. Nada mais se pode ocultar nas trevas, pois por vontade de Deus doravante far-se-á Luz, para que as trevas caiam e desapareçam!

Luz haverá agora sobre a Terra e por toda a imensa matéria! Fulgurantemente se irradiará por todas as partes, desintegrando e cremando todo o mal e todo o querer malévolo! O que está errado mostrar-se-á, onde quer que procure se ocultar, tem de ruir ante a radiação da Luz de Deus, que então iluminará toda a Criação! Tudo o que não estiver e não quiser viver de acordo com as maravilhosas leis de Deus afundará no círculo do aniquilamento, de onde jamais poderá se soerguer! —

 

MENSAGEM DO GRAAL

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NA LUZ DA VERDADE: INDOLÊNCIA DO ESPÍRITO

 

MENSAGEM DO GRAAL DE ABDRUSCHIN

INDOLÊNCIA DO ESPÍRITO

TORNANDO-SE audíveis na Terra, batem agora através do Universo as badaladas das doze horas no relógio do mundo! Amedrontada, a Criação retém seu fôlego; atemorizadas, encolhem-se todas as criaturas, pois a voz de Deus soa para baixo e exige! Exige prestação de contas de vós que recebestes a permissão de viver nesta Criação! 

Administrastes mal o feudo que Deus em Seu amor vos deu. Serão excluídos todos os servos que só pensaram em si e nunca em seu Senhor! E todos quantos procuraram se tornar senhores. —

Vós, criaturas humanas, estais receosas diante das minhas palavras, porque não considerais a severidade como divina! Entretanto isso é somente vossa culpa, porque até hoje considerastes tudo o que é divino, tudo o que veio de Deus, como sendo amor condescendente, perdoando tudo, uma vez que assim fostes instruídos pelas igrejas!

Essas falsas doutrinas eram, porém, apenas considerações do raciocínio que encerravam em si, como alvo, a pesca coletiva das almas humanas terrenas. Para cada pesca se faz necessário uma isca, que atue atraindo o que se tem em vista. A escolha acertada duma isca é essencial para qualquer pesca.

Visto que eram visadas as almas humanas, organizou-se habilmente um plano, de acordo com as fraquezas delas. O chamariz devia corresponder à fraqueza principal! E essa fraqueza principal das almas era a comodidade, a indolência de seu espírito!

A Igreja sabia muito bem que o sucesso para ela seria grande, se soubesse desde logo ir largamente ao encontro dessa fraqueza e não exigisse que dela abdicassem!

Com esse reconhecimento certo, tratou de aplainar logo para os seres humanos um caminho largo e cômodo que devia supostamente conduzir até à Luz e apresentou-o como engodo à humanidade, que preferiu outorgar um décimo do fruto de seu trabalho, cair de joelhos, murmurar orações cem vezes a gastar um só momento num esforço espiritual!

A Igreja dispensou-os, por isso, do trabalho espiritual, perdoando-lhes todos os pecados, se os seres humanos fossem obedientes nas coisas terrenas e exteriores, e executassem o que a Igreja exigia deles terrenamente!

Seja, pois, em visitas às igrejas, em confissões, na quantidade das orações, nos tributos, presentes ou legados, não importa, a Igreja se satisfez com isso. Deixou os fiéis na ilusão de que, para cada coisa que outorgassem à Igreja, lhes ficava reservado também um lugar no reino do céu.

Como se a Igreja dispusesse desses lugares para distribuir! As realizações e as obediências de todos os fiéis os ligam, porém, apenas com sua Igreja, não com seu Deus! As igrejas ou seus servos não podem retirar nenhum grão da culpa duma alma humana, ou sequer perdoar-lhe! Tampouco canonizar uma alma, intervindo com isso nas perfeitas e eternas leis primordiais de Deus, que são inamovíveis!

Como podem os seres humanos ousar opinar e também decidir sobre coisas que repousam na onipotência, na justiça e na onisciência de Deus! Como podem os seres humanos terrenos querer fazer com que seus semelhantes acreditem em tal coisa! E não menos criminoso é aceitar credulamente de seres humanos terrenos tais atrevimentos, que tão nitidamente encerram o aviltamento da grandeza de Deus!

Tal coisa incrível apenas se pode tornar possível entre os irrefletidos rebanhos humanos que, mediante tal conduta, dão prova expressa da maior preguiça espiritual, pois o mais simples raciocínio fará imediatamente qualquer um reconhecer, sem a mínima dificuldade, que tais atrevimentos não podem ser explicados nem sequer com a arrogância humana ou mania de grandeza, mas sim que nisso residem graves blasfêmias contra Deus!

Nefasta terá de se tornar a ação retroativa!

O tempo da paciência de Deus já passou. Uma ira sagrada cai sobre as fileiras desses criminosos, que procuram assim enganar a humanidade terrena, a fim de aumentar e conservar seu prestígio, enquanto sentem perfeitamente que se trata de coisas, às quais eles nunca poderão ter direito de se arrogar!

Como podem se atrever a dispor sobre o reino de Deus na eternidade? O raio da ira divina os fará ressuscitar do inconcebível sono espiritual, da noite para o dia, e... os julgará! — — —

Que dá uma criatura humana a seu Deus com a sua obediência à Igreja! Com isso não disporá dum único impulso intuitivo natural, capaz de ajudá-la a ascender.

Eu vos digo, as criaturas humanas na realidade somente podem servir a Deus, justamente através daquilo que pelas igrejas não chegou à vida: com seu próprio pensar, com sua análise independente! Cada qual tem de transpor sozinho as mós, a engrenagem das leis divinas na Criação. E por isso se faz mister que cada qual por si aprenda em tempo certo o tipo das mós e seu andamento.

Foi isso exatamente o que muitas igrejas ocultaram com pertinácia, para que os fiéis não pudessem se entregar a indispensáveis reflexões e intuições próprias. Com isso despojaram os seres humanos daquele firme apoio, único capaz de guiá-los sem perigo e dirigi-los à Luz, e procuraram em vez disso incutir à força uma interpretação, cuja observância só podia trazer proveitos à Igreja. Proveitos, influência e poder!

Só com a movimentação do próprio espírito podem as almas humanas servir ao seu Criador! E com isso em primeira linha e simultaneamente a si mesmas. Somente um espírito humano que se encontre lúcido e vigilante nesta Criação, consciente de suas leis, inserindo-se nelas com os pensamentos e as ações, este é agradável a Deus, pois com isso está cumprindo a razão de ser de sua existência, conforme cabe a cada espírito humano nesta Criação!

Isso nunca se encontra, contudo, nas práticas que as igrejas exigem de seus fiéis! Pois a estas faltam naturalidade, livre convicção, saber, que são as condições essenciais do verdadeiro servir a Deus! Faltam a vivacidade e a alegria, que propiciam ajuda a todas as criaturas, deixando suas almas jubilar na felicidade consciente de poderem colaborar para a beleza desta Criação, como uma parte dela, e com isso agradecendo ao Criador e venerando-o!

Em vez de alegres e livres adoradores de Deus, a Igreja criou escravos da Igreja! Infiltrou-se no livre olhar da humanidade, voltado para cima. Obscurecendo com isso a verdadeira Luz. Apenas atou e manietou os espíritos humanos, em lugar de os despertar e libertar. Manteve nefastamente os espíritos no sono, oprimindo-os, impedindo-lhes o anseio de saber e o próprio saber, com preceitos que contrariam e se opõem à vontade de Deus! Tudo isso para conservar o próprio poder.

Conforme já outrora não recuavam diante de suplícios, de torturas, diante do assassínio de múltiplas maneiras, assim não se atemorizam hoje de caluniar contemporâneos, de falar mal deles, de minar seu prestígio, de atiçar contra eles, de espalhar por seu caminho todos os empecilhos possíveis, sempre que não queiram se enfileirar obedientemente na massa dos escravos das igrejas! Manobram com os meios mais sórdidos, só para sua influência, seu poder terreno.

Exatamente isso virá agora em primeiro lugar a oscilar e ruir com o efeito retroativo, pois é contrário àquilo que Deus quer! Evidencia-se assim como se encontram distantes de servir a Deus humildemente! —

Multidões intermináveis se deixaram atrair por chamarizes de permissiva indolência do espírito para o regaço entorpecente das igrejas! A ilusão nefasta da absolvição barata dos pecados foi acreditada, e, com as massas espiritualmente indolentes, aumentou a influência na Terra, visando como meta final a um poder terreno! As criaturas humanas não viram que com esse falso conceito e doutrina toda a sagrada justiça de Deus TodoPoderoso foi escurecida e conspurcada; viram só o simulado, largo e cômodo caminho para a Luz, que na realidade nem existe! Conduz, através das arbitrárias ilusões de absolvição, para as trevas e para o aniquilamento!

A prepotência de todas as igrejas, hostil a Deus, separa os fiéis, de Deus, em vez de conduzi-los até Ele. As doutrinas eram falsas! Todavia era fácil aos próprios seres humanos se darem conta disso, uma vez que elas contrariam nitidamente o mais simples senso de justiça! Eis por que os fiéis das igrejas são tão culpados quanto as próprias igrejas!

As igrejas anunciam, com as palavras de Cristo, segundo o Evangelho de João:

“Quando, porém, vier aquele que é o Espírito da Verdade, ele vos guiará em toda a Verdade. E quando o mesmo vier, castigará o mundo por seus pecados e por causa da justiça! E trará o Juízo. Eu, porém, voltarei ao Pai e daí em diante não me vereis mais. Saí do Pai e vim ao mundo. Torno a deixar o mundo e regresso para junto do Pai!”

Tais palavras são lidas sem compreensão nas igrejas, porque pelo Filho de Deus já foi claramente dito que virá um outro que não ele, para anunciar a Verdade e para trazer o Juízo. O Espírito da Verdade, que é a cruz viva! E, todavia, também nesse ponto a Igreja ensina errado e contra essas palavras claras.

Apesar de que também Paulo escreveu outrora aos coríntios: “O nosso saber é imperfeito. Quando, porém, vier o que é perfeito, então cessará o que é imperfeito!”

Com isso mostra o apóstolo que a vinda daquele que anunciará a Verdade perfeita deve ainda ser esperada e a promessa do Filho de Deus a tal respeito não deve ser relacionada com a conhecida efusão da força do Espírito Santo que então já se dera, quando Paulo escreveu essas palavras.

Com isso ele atestava que os apóstolos não tomaram essa efusão de força como a realização da missão do Consolador, do Espírito da Verdade, conforme atualmente, no Pentecostes, de modo estranho, muitas igrejas e fiéis procuram interpretar, porque tais coisas não cabem de modo diferente em sua organização de crença, mas sim formariam uma lacuna que deveria causar perigosos abalos a essa falsa construção.

Contudo, nada lhes adianta, pois é chegado o tempo do reconhecimento de tudo isso, e tudo quanto é falso desmoronará!

Até agora não pôde haver ainda nenhum verdadeiro Pentecostes para a humanidade, não lhe pôde chegar o reconhecimento no despertar dos espíritos, em virtude de se ter entregado a tantas falsas interpretações, nas quais principalmente as igrejas têm grande participação!

Nada lhes será perdoado na grande culpa! —

E agora vos encontrais, seres humanos, surpresos diante da Palavra nova, e muitos dentre vós nem mais estão capacitados para reconhecer que ela vem das alturas luminosas, porque ela é tão diferente do que tínheis imaginado! É que vive ainda em vós, em parte, o tenaz embotamento em que vos envolveram igrejas e escolas, para que permanecêsseis obedientes adeptos e não desejásseis o estado de alerta do próprio espírito!

O que Deus exige, isso foi até agora indiferente aos seres humanos terrenos! Digo-vos, porém, ainda uma vez: O largo e cômodo caminho, que as igrejas até agora se esforçaram por mostrar enganosamente em prol da própria vantagem, é falso! Com as arbitrárias ilusões de absolvição aí prometidas, ele não leva à Luz!

 

 

 

 

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