Desde que os homens
tomaram consciência da existência de Deus, que lhes concedeu a
vida, passaram a erguer ou preparar locais onde pudessem se reunir em
Devoção ao Criador, para adorá-Lo. Nestes locais, sob construções
ou ao ar livre, as chamas individuais de cada um podiam se unir em
uma grande labareda de alegria e gratidão, elevando-se em direção
ao Supremo. Surgia, assim, o culto ao Todo Poderoso.
No culto ao Criador não
cabiam pedidos individuais e nem a palavra humana, apenas
simplicidade e beleza.
Todos os povos,
espiritualmente desenvolvidos, elaboraram semelhantes práticas e
isso pode ser comprovado na História ao longo dos milênios.
Com o passar dos anos,
porém, os cultos, que deveriam ser em honra ao Criador, perderam sua
simplicidade tornando-se lugares de um infinito mendigar em direção
ao Sublime, (quase sempre exclusivamente em torno de coisas
materiais), transformando-se em locais de luxo e ostentação, de
dogmas, sacramentos e regras em que a Palavra Sagrada perdeu lugar
para a palavra humana.
Contudo, apesar desta
decadência, ainda existem locais onde se presta o verdadeiro culto
ao Criador. Neles apenas tomam lugar a simplicidade, o Senso de
Beleza e a Palavra Sagrada. Assim como deve ser um culto a Deus.
Certamente, não há um
culto verdadeiro quando as pessoas são de espécies e propósitos
diferentes, comparecem com objetivos diversos, vestidos de forma
inadequada ou distraídos em conversas ou outros assuntos.
Para que seja
verdadeiro, os participantes devem adentrá-lo imbuídos do desejo
único de perscrutar a Vontade Divina, ouvir Sua Palavra Sagrada e
levá-la para o seu dia a dia, modificando suas vidas e
enquadrando-as nas Leis do Altíssimo. Somente conhecendo e cumprindo
as Suas Leis, pode o ser humano realmente adorar a Deus como se deve.
“Vós instituístes
regras e práticas em vossos templos, em vossas igrejas, sem indagar,
entretanto, se essa maneira era de agrado a Deus. Bastava que apenas
fosse de vosso agrado, então com isso estava realizado, para vós, o
culto a Deus!” (ABDRUSCHIN)