ERROS
- Parte XI
Quem
procurar seriamente aprofundar o pensamento nesses fenômenos do Além
reconhecerá quão inexorável justiça reside nessa ação
automática, vendo já nisso a grandeza incompreensível de Deus. Ele
não precisa interferir, uma vez que deu à Criação Sua vontade,
como leis, isto é, de modo perfeito.
Quem,
em sua escalada atingir de novo o reino do espírito, estará
purificado, pois teve antes de passar pelas mós automáticas da
vontade de Deus. Não há outro caminho que leve à proximidade de
Deus. E o modo pelo
qual essas
mós atuam no espírito humano depende de sua vida íntima anterior,
de sua própria vontade.
Podem
soerguê-lo beneficamente às alturas luminosas ou também atirá-lo
dolorosamente para baixo, na noite do horror, sim, até mesmo
arrastá-lo à aniquilação total. —
Deve-se
pensar que o espírito humano, por ocasião do nascimento terreno,
isto é, ao atingir a maturidade para ser encarnado, já traz um
invólucro de matéria fina ou corpo, de que já precisara em sua
passagem pela matéria fina. Fica também com ele durante a
permanência na Terra, como elo de ligação com o corpo terreno. A
lei da gravidade exerce sua atuação principal sempre na parte mais
espessa e mais grosseira. Portanto, no corpo físico durante a vida
terrena. Uma vez largado este com a morte, ficará outra vez livre o
corpo de matéria fina, estando submetido nesse momento, sem
proteção, a essa lei da gravidade, como a parte mais pesada de
agora em diante.
Quando
se diz que o espírito dá forma ao seu corpo, isso é verdade em
relação ao corpo de matéria fina. A constituição interior do ser
humano, seus desejos e sua vontade legítima formam a base para isso.
A
vontade encerra a força de moldar a matéria fina. A ânsia pelas
coisas inferiores ou pelos prazeres terrenos vai tornando espesso e,
por conseguinte, pesado e escuro o corpo de matéria fina, porque é
na matéria grosseira que se encontra a satisfação desses desejos.
A criatura humana se ata por esse meio ao que é grosseiro, ao
terreno. Seus desejos arrastam consigo o corpo de matéria fina, isto
é, este se vai tornando tão espesso, que se aproxima o mais
possível da constituição terrena, onde se encontra exclusivamente
a perspectiva de poder tomar parte nos prazeres ou nas paixões
terrenas, logo após a perda do corpo terreno de matéria grosseira.
Quem se empenha nesse sentido tem de afundar, devido à lei da
gravidade.
Coisa
bem diversa se dá com as pessoas cuja intenção se acha voltada
especialmente para as coisas altas e nobres. Nelas a vontade
condiciona automaticamente o corpo de matéria fina a uma leveza e a
uma luminosidade maiores, de maneira a poder se aproximar de tudo o
que constitui a finalidade do querer sincero dessas pessoas!
Portanto, da pureza das alturas luminosas.
Empregando
outras palavras: o corpo de matéria fina no ser humano terreno será
concomitantemente equipado de acordo com o respectivo alvo do
espírito humano, de maneira a, depois da morte do corpo terreno,
poder ir ao encontro desse alvo, seja ele qual for. Aqui realmente o
espírito molda o corpo, pois sua vontade, sendo espiritual, traz em
si a força para se utilizar da matéria fina. Jamais poderá
esquivar-se desse fenômeno natural. Ocorre com cada vontade, não
importa se lhe é agradável ou desagradável. E tais formas lhe
permanecem aderidas, enquanto as alimentar com sua vontade e
intuição. Beneficiam-no ou retêm-no, conforme a espécie, que está
submetida à lei da gravidade.
Contudo,
modificada sua vontade e intuição, surgem com isso de imediato
novas formas, ao passo que as que predominavam até então já não
recebem nutrição, por causa da mudança da vontade, e têm de
definhar e se desagregar. Deste modo o ser humano modifica também o
seu destino.
Continua...
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