ERA
UMA VEZ…! - Parte
XIII
O
saber é um produto; o espírito, porém, vida, cujo valor e cuja
força só podem ser medidos segundo suas conexões com a origem do
espiritual. Quanto mais íntima for essa conexão, tanto mais
valorosa e poderosa há de ser a parte que se desprendeu da origem.
Quanto mais frouxa, porém, for essa mesma conexão, tanto mais
distante, estranha, isolada e fraca tem de ser também a parte saída
da origem, isto é, o respectivo ser humano.
Tudo
isso é tão simples e evidente, que não se pode compreender como as
pessoas de raciocínio, que erraram o caminho, possam passar e tornar
a passar diante disso como cegas. Pois o que a raiz traz recebem o
tronco, a flor e o fruto! Mas mesmo aqui se mostra essa
desesperançada auto-restrição na compreensão. Penosamente
construíram um muro à sua frente e agora não podem mais olhar por
cima e muito menos através dele.
A
todos os espiritualmente vivos, no entanto, eles se assemelham,
muitas vezes, a pobres tolos doentes, com seu sorriso zombeteiro e
presunçoso, com seus ares de superioridade, olhando com desprezo
para outros ainda não tão escravizados; tolos, aos quais, apesar de
toda a compaixão, deve-se deixar com a sua quimera, porque o seu
limite de compreensão deixa passar sem impressões mesmo os fatos
comprovantes do contrário. Todo e qualquer esforço para melhorar um
pouco esse estado de coisas assemelhar-se-á tão-só às tentativas
vãs de envolver um corpo doente com um manto novo e bem vistoso, a
fim de proporcionar, ao mesmo tempo, também restabelecimento da
saúde.
Já
agora o materialismo está além do ponto culminante, e breve terá
de desmoronar-se, falhando por toda a parte. Não sem arrastar
consigo muita coisa boa. Seus adeptos já chegaram ao fim de suas
possibilidades; dentro em breve estarão confusos em sua própria
obra e em si próprios, sem perceber o abismo que se abriu diante
deles. Tornar-se-ão sem demora qual um rebanho sem pastor, não
confiando uns nos outros, cada qual rumando por seu próprio caminho
e, não obstante isso, prosseguindo a olhar orgulhosos por cima dos
outros. Irrefletidamente, seguindo apenas o hábito anterior.
E
tombarão finalmente às cegas no abismo, com todos os sinais de
aparência exterior de sua insignificância. Consideram ainda como
espírito aquilo que apenas é produto de seus próprios cérebros.
Como, porém, pode a matéria morta gerar o espírito vivo? Em muitas
coisas se mostram orgulhosos por seu pensar exato, e deixam, sem o
mínimo escrúpulo, nos assuntos essenciais, lacunas da maior
irresponsabilidade.
Cada
novo passo, cada tentativa de melhora trará sempre em si toda a
aridez das obras do raciocínio, e assim o germe da decadência
irreprimível.
Tudo
quanto assim digo não é nenhuma profecia, nenhuma predição sem
base, e sim a conseqüência inalterável da vontade vivificadora da
Criação, cujas leis já expus nas minhas numerosas dissertações
precedentes. Todos os que me acompanham em espírito, nestes caminhos
bem acentuados, têm de reconhecer e dar-se conta do fim
indispensável. E todos os indícios disso já estão aí.
Continua...
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