O
QUE SEPARA HOJE TANTOS SERES HUMANOS DA LUZ?
Parte
III
Não
é qualquer um que suporta ser exposto à Luz da Verdade, a qual
mostra sem compaixão e de modo nítido os defeitos e as manchas das
vestes.
Com
risos, zombarias, ou mediante hostilidade, querem impedir o dia que
se aproxima, que porá à mostra claramente os pés de barro da
construção insustentável do ídolo “eu”. Tais insensatos
brincam apenas de festas de máscaras consigo mesmos, às quais se
sucederá impreterivelmente a sombria quarta-feira de cinzas. Com
suas falsas opiniões querem apenas endeusar-se e dessa maneira
sentem-se terrenamente bem e sossegados. Consideram por isso de
antemão como inimigo aquele
que
lhes perturbar essa calma preguiçosa!
Toda
essa revolta, todavia, de nada lhes servirá desta
vez! O
auto-endeusamento que se encontra na afirmativa de que existe algo de
divino no ser humano é um tatear sujo em direção à pureza e à
sublimidade de vosso Deus, com
que maculais o
que há de mais sacrossanto, e para quem levantais os olhos em
confiança bem-aventurada! —
Em
vosso íntimo se acha um altar que deve servir para a adoração de
vosso Deus. Esse altar é a vossa faculdade intuitiva. Se ela for
pura, estará em ligação com o espiritual e portanto com o Paraíso!
Haverá então momentos em que podereis intuir plenamente a
proximidade de vosso Deus, conforme muitas vezes se dá na mais
profunda dor e na maior alegria!
Então
sentireis intuitivamente Sua proximidade, de idêntico modo como a
vivenciam permanentemente no Paraíso os eternos espíritos
primordiais, com os quais sois intimamente ligados em tais momentos.
A vibração forte proveniente do alvoroço da alegria intensa, bem
como a da dor profunda, afastam para longe, momentaneamente, tudo
quanto é terreno e inferior, e com isso fica livre a pureza da
intuição, formando imediatamente a ponte para a pureza de igual
espécie que vivifica o Paraíso!
É
esta a maior felicidade do espírito humano. Nela vivem
permanentemente, no Paraíso, os eternos. Ela traz a maravilhosa
certeza de se encontrar abrigado. Sentem assim a plena consciência
da proximidade de seu grandioso Deus, em cuja força se encontram,
mas também reconhecem naturalmente que alcançaram a altura
culminante, e que nunca serão capazes de contemplar Deus.
Isso
não os oprime, porque no reconhecimento de Sua inacessível
grandeza, sentem jubilosa gratidão por Sua graça indescritível,
que Ele sempre deixou atuar em relação à pretensiosa criatura.
E
uma tal felicidade pode usufruir desde já o ser humano terreno.
Continua...
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