Parte
IV
É
acertado dizer-se que o ser humano aqui na Terra em momentos solenes
sente a proximidade de Deus. Mas passará a ser blasfêmia querer
inferir dessa maravilhosa ponte, que é ter consciência da presença
de Deus, a afirmação de que os seres humanos possuem em seu íntimo
uma centelha da divindade.
Junto
com essa afirmação segue também a degradação do amor divino.
Como se pode medir o amor de Deus com a escala dum amor humano? Mais
ainda, colocá-lo até como valor abaixo
desse
amor humano? Reparai nos seres humanos que imaginam o amor divino
como o mais sublime ideal, sofrendo silenciosamente e além disso
perdoando tudo! Querem reconhecer algo de divino nisso,
no
fato de tolerar todas as impertinências das criaturas
inferiores,
como somente acontece com os piores fracalhões e os mais covardes
seres humanos, que por isso são desprezados. Refleti sobre o ultraje
monstruoso que nisso está ancorado!
Os
seres humanos querem pecar sem receber punição, para finalmente com
isso proporcionar uma alegria a seu Deus, permitindo que Ele lhes
perdoe as culpas sem qualquer penitência própria! Tal dedução
implica uma desmedida estreiteza, preguiça condenável ou o
reconhecimento sem esperança da própria fraqueza em relação à
boa vontade para a ascensão: uma coisa é tão condenável quanto a
outra.
Continua...
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