CAMINHOS
ERRADOS – Parte I
As
Criaturas humanas, com poucas exceções, se encontram num engano
ilimitado e, para elas, funesto!
Deus
não necessita correr atrás delas nem rogar-lhes que acreditem na
Sua existência. E também Seus servos não são enviados para
advertir continuamente, implorando para não O abandonar em hipótese
alguma. Seria ridículo até. Seria menosprezar e rebaixar a
divindade excelsa pensar assim e esperar tal coisa.
Essa
suposição errônea causa grande dano. É alimentada pelo
procedimento de muitos padres realmente sérios, que, no seu sincero
amor a Deus e aos seres humanos, experimentam, sempre de novo,
convencer e conquistar criaturas humanas materialistas para a Igreja.
Tudo isso contribui para aumentar desmedidamente a arrogância dos
seres humanos, já tão cheios de si, dando por fim a muitos a ilusão
de que devem ser implorados para querer o bem.
Isso
contribui também para a esquisita atitude da maioria dos “fiéis”
que assim, na maior parte das vezes, se apresentam como exemplos
aterradores e não como modelos. Milhares e milhares sentem no seu
íntimo uma certa satisfação, dão-se conta dum sentimento de
elevação, só porque crêem em Deus, porque recitam suas orações
com a seriedade que lhes é possível e não causam intencionalmente
dano algum ao próximo.
Nessa
íntima “sensação de elevação” sentem uma certa compensação
do bem, um agradecimento de Deus por sua obediência, uma espécie de
ligação com Deus, em quem também às vezes pensam com certo
estremecimento sagrado, que causa ou deixa uma sensação de
bem-aventurança, usufruída com felicidade.
Mas
essa multidão de fiéis segue um caminho errôneo. Vivem felizes
numa ilusão por eles próprios criada, alistando-se com isso
inconscientemente no número dos tais fariseus que levavam suas
pequenas oferendas com sentimentos de gratidão real, porém,
errados: “Agradeço-Te, Senhor, por não ser como aqueles”. Claro
é que não pronunciam tais palavras nem chegam a pensar assim
realmente, mas o “eufórico sentimento” que experimentam no seu
íntimo não significa mais do que aquela inconsciente oração de
agradecimento, que Cristo já declarou como falsa.
Essa
“sensação de elevação” interior outra coisa não representa
em tais casos senão a conseqüência de uma auto-satisfação
provocada pela oração ou por bons pensamentos forçados. Os que se
denominam humildes encontram-se muitas vezes longe demais da
humildade! Faz-se mister grande sacrifício para se falar com tais
fiéis. Jamais, em tempo algum, por intermédio de tal atitude
alcançarão eles o estado de bem-aventurança que já supõem
possuir! Bom será que cuidem de não se perder de todo em seu
orgulho espiritual, que consideram humildade.
Continua...
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