A MODERNA CIÊNCIA DO ESPÍRITO – Parte V
É
certo também que algo verdadeiramente elevado não pode se aproximar dum
médium, sem a presença duma pessoa altamente desenvolvida, purificando tudo o
que é mais grosseiro; menos ainda falar através do médium. Materializações de
regiões mais elevadas não entram absolutamente em consideração, e muito
menos ainda os passatempos engraçados e populares de batidas, movimentação de
objetos e assim por diante. O abismo é para tanto grande demais, para poder ser
transposto sem mais dificuldades.
Não
obstante a presença de um médium, todas estas coisas só poderão ser efetuadas
por aqueles do Além que ainda estejam mui estreitamente ligados à matéria. Se
fosse possível de outro modo, isto é, que aquilo que é elevado se pudesse
colocar facilmente em contato com a humanidade, então não teria havido
necessidade de Cristo tornar-se ser humano, pelo contrário, poderia ter
cumprido sua missão sem esse sacrifício.* Os seres
humanos de hoje não se encontram, indubitavelmente, mais desenvolvidos
animicamente do que no tempo em
que Cristo viveu na Terra, não sendo, por conseguinte, de
supor que uma ligação com a Luz seja mais fácil de se realizar do que naquela
época.
Contudo,
os adeptos da ciência do espírito dizem que visam em primeira linha averiguar a
vida no Além, isto é, a continuação da vida depois da morte terrena, e que,
devido ao ceticismo dominante atualmente dum modo geral, é necessária a
utilização de armas fortes e grosseiras, isto é, provas terrenas palpáveis, a
fim de abrir uma brecha na resistência do adversário.
Tal
argumentação não justifica, porém, que almas humanas sejam sempre de novo
expostas a riscos, assim tão levianamente!
Além
disso, não há nenhuma necessidade premente, para que se queira convencer a todo
o custo os adversários malévolos! É notório que estes não são propensos a
acreditar, mesmo que um anjo descesse diretamente do céu para lhes anunciar a
Verdade. Assim que o anjo fosse embora, estariam prontos a declarar que tudo
não passara de uma ilusão coletiva, não tendo sido absolutamente um anjo; ou
arranjariam qualquer outra escusa. E se alguma coisa ou uma pessoa for trazida,
que continue na matéria, isto é, não desaparecendo outra vez nem se tornando
invisível, recorrem eles a outras desculpas, justamente porque para os que não
propendem a acreditar no mundo do Além isso seria outrossim demasiado terreno.
Não
recuariam em classificar como fraude semelhante prova, de apontar tal ser
humano como um lunático, um fantasista ou até mesmo como um impostor. Ou seria
demasiadamente terrenal ou extraterreno ou as duas coisas juntas; sempre terão
algo para reclamar ou duvidar. E não tendo mais a que recorrer, eis que lançam
imundícies, passando a ataques mais fortes, não receando empregar violência.
Para
convencer, pois, esses tais, não é adequado recorrer a sacrifícios! E
menos ainda para muitos dos assim chamados adeptos. Estes julgam, devido a uma
singular espécie de arrogância e a uma crença na vida do Além, crença essa na
maioria dos casos confusa e fantástica, ter o direito de apresentar
determinadas exigências para, por sua vez, “ver” ou “vivenciar” algo. Esperam
de seus guias sinais do Além, como recompensa por seu bom comportamento.
Tornam-se
até ridículas, muitas vezes, as expectativas evidentes que vivem expondo, bem
como os sorrisos benevolentes com ares de sabedoria com que deixam transparecer
a própria ignorância. É veneno querer dar ainda espetáculos a essas massas,
pois por se julgarem muito sapientes, apenas consideram tais experiências no
máximo como horas de divertimento bem merecido, para o que os do Além devem
concorrer como artistas de circo.
Continua...
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