A MODERNA CIÊNCIA DO ESPÍRITO – Parte VII
Da
maneira como a Terra se apresenta atualmente, as trevas ganharam
supremacia sobre toda a matéria, através da vontade da humanidade. As trevas se
encontram em todas as coisas materiais tão à vontade, como que em terreno
próprio e familiar, podendo devido a isso atuar plenamente na matéria. Acham-se,
portanto, em seu elemento, combatem num terreno que bem conhecem. Por esse
motivo, na atualidade, levam vantagem sobre a Luz em tudo quanto é material,
isto é, de matéria grosseira.
A
conseqüência é que em toda a matéria a força das trevas é mais forte que a da
Luz. Pois bem, nesses divertimentos, como a movimentação de mesas, etc., a Luz,
isto é, algo elevado, não entra em cogitação absolutamente. Na melhor suposição
podemos falar de algo ruim, portanto, escuro, e de algo melhor, portanto, mais
claro.
Servindo-se
uma pessoa de uma mesa ou de um copo, dum modo geral de qualquer objeto
material, coloca-se num terreno de luta muito conhecido das trevas. Um terreno
que as trevas consideram como seu. A referida pessoa, assim, cede de antemão a
elas uma força contra a qual não pode opor nenhuma proteção eficiente.
Examinemos,
aliás, uma reunião espírita ou qualquer divertimento social com a mesa e
sigamos os fenômenos espirituais, ou melhor, os de matéria fina.
Quando
uma ou mais pessoas se dispõem em torno duma mesa com a intenção de
comunicar-se com os do Além, quer através de pancadas, quer através da
movimentação da mesa, o que é mais comum, ocasionadas pelos do Além, a fim de
através desses sinais poder formar palavras, desde logo esse contato material
faz atrair principalmente as trevas, que passam a se encarregar das mensagens.
Com
grande habilidade utilizam-se de palavras não raro pomposas, procuram responder
pela forma desejada os pensamentos das pessoas, fáceis de ler para eles, porém,
conduzem-nas logo por trilhas falsas em questões sérias, e procuram, se isso
ocorre freqüentemente, colocá-las pouco a pouco sob sua influência crescente, e
assim, vagarosa, contudo seguramente, arrastá-las para baixo. Com isso, mui
astutamente, deixam os desencaminhados na crença de que estão subindo.
Caso,
porém, logo de início ou também em qualquer outra ocasião apareça e se
manifeste algum parente falecido ou amigo, chegando a expressar-se por
intermédio da mesa, fato que se dá freqüentemente, então o embuste ainda se torna
mais facilmente realizável. As pessoas reconhecem que deve ser realmente um
determinado amigo que se manifesta e por isso crêem que é sempre ele, quando
através da mesa cheguem quaisquer comunicações, mencionando-se como autor o
nome daquele conhecido.
Mas
tal não é o caso! Não
apenas as trevas sempre atentas utilizam habilmente o nome, a fim de dar às
mensagens enganadoras um aspecto o mais acreditável possível, adquirindo assim
a confiança das pessoas indagadoras, mas vai até mesmo a ponto de um elemento
escuro se imiscuir numa frase iniciada pelo amigo real, terminando-a
intencionalmente de modo falso. Sucede então o fato pouco conhecido de na
transmissão de uma frase simples e ininterrupta haver dois implicados.
Primeiro, o autêntico amigo, talvez bem claro, portanto mais puro, e depois um
mais obscuro, mal-intencionado, sem que o indagador perceba algo disso.
As
conseqüências são fáceis de supor. O que confia é iludido e abalado na sua fé.
O adversário utiliza-se desse acontecimento para o fortalecimento de suas
zombarias e de suas dúvidas, às vezes para fortes ataques contra a causa toda.
Na realidade, porém, ambos estão sem razão, devendo tudo ser considerado como
conseqüência da ignorância que predomina sobre todo esse campo.
O
fenômeno, contudo, se desenrola com toda a naturalidade: caso esteja na mesa um
amigo mais claro e verdadeiro, manifestando-se a fim de satisfazer o desejo
daquele que formula as perguntas, e se intromete um espírito escuro, terá o
mais claro de retroceder, pois o mais escuro pode desenvolver uma força mais
forte, servindo-se da matéria intermediária da mesa, porque atualmente toda a
matéria é o campo das trevas propriamente dito.
Tal
erro comete o ser humano que escolhe coisas materiais, criando assim de antemão
um terreno desigual. O que é espesso, pesado, isto é, escuro, encontra-se mais
próximo em densidade da matéria grosseira, do que aquilo que é luminoso, puro e
mais leve, e assim, devido a essas ligações mais estreitas, desenvolve maior
força.
Por
seu turno, todavia, o que é mais claro, e que ainda se pode manifestar através
da matéria, dispõe igualmente ainda de uma densidade até certo grau contígua,
pois do contrário seria impossível uma ligação com a matéria para fins de
qualquer comunicação. Isso pressupõe uma contigüidade com a matéria e
concomitantemente uma possibilidade de conspurcação, logo que, através da
matéria, se realiza a ligação com as trevas.
Para
não incorrer nesse perigo, só resta ao mais claro se retirar depressa da
matéria, isto é, da mesa ou de outros meios auxiliares, assim que um mais
escuro se aproprie deles, para desligar o elo intermediário, que constituiria
uma ponte sobre o natural abismo separador e protetor.
Não
poderá ser evitado do lado do Além, então, que em tais casos a pessoa que se
entrega a tais experiências, servindo-se da mesa, venha a sofrer influências
baixas. Foi essa pessoa quem não quis outra coisa, por sua própria atuação, pois
o desconhecimento das leis não consegue dar proteção aqui nesta conjuntura
também.
Com
esses acontecimentos ficará esclarecido para muitas pessoas muito do que até
agora era inexplicável, encontrando assim solução para as inúmeras contradições
enigmáticas, e é de se esperar que agora muitos abandonem de vez divertimentos
tão perigosos!
Do
mesmo modo minucioso, poderiam ser descritos também os perigos de todas as
demais experiências que são muito maiores e mais fortes. Contudo, o assunto
dessas coisas mais usuais e disseminadas está concluído por enquanto.
Somente
um outro perigo deve ainda ser mencionado.
Continua...
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