CULTO
– Parte I
Culto
deve ser o anseio tornado forma, para que algo inapreensível
terrenamente se torne assimilável de algum modo ao sentido terreno.
Deve
ser
o anseio tornado forma, mas infelizmente ainda não é assim, do
contrário muita coisa deveria ter formas completamente diferentes,
se tivessem
surgido do
próprio anseio. O caminho certo
para
isso condiciona justamente o brotar de formas exteriores, vindas do
íntimo. Mas tudo quanto hoje vemos nada mais é do que uma
construção do raciocínio
onde
somente depois
as
intuições deverão ser comprimidas. Toma-se assim um caminho ao
contrário, que naturalmente também se pode chamar de errado ou
falso, por jamais conseguir realmente ser vivo em si.
Assim,
muita coisa grosseira e inoportuna se molda, o que de outra forma
chegaria muito mais próximo da vontade real,
com
o que, somente então, o efeito convincente pode unir-se.
Muita
coisa bem-intencionada acaba repugnando em lugar de convencer, porque
a forma certa para isso ainda não foi encontrada, a qual o
raciocínio nunca pode dar para aquilo que é inapreensível
terrenamente!
É
o que acontece também nas igrejas. De modo demasiadamente nítido se
faz sentir a edificação do raciocínio, visando somente à
influência terrena, e com isso muita coisa boa perde sua
significação, porque dá a impressão de antinatural.
Outrossim,
só pode dar a impressão de antinatural aquilo que não corresponde
às leis da Criação. Justamente tais coisas existem em abundância
nos cultos atuais, onde simplesmente tudo o que se encontra em
oposição às leis naturais da Criação é envolvido em misteriosa
escuridão.
Exatamente
com isso, porém, pelo fato de os seres humanos, inconscientemente,
nessas coisas nunca falarem de uma Luz misteriosa, mas sempre e
apenas de uma escuridão, eles acertam, pois a Luz não conhece
obscurecimento, portanto também nenhuma mística, para a qual não
devia haver lugar na Criação que se originou da vontade de Deus,
trabalhando automaticamente segundo um ritmo inexorável. Nada é
mais claro em seu tecer do que exatamente a Criação, que é a obra
de Deus!
Nisso
é que reside o segredo do êxito e estabilidade, ou da ruína. O que
está construído com base nessas leis vivas da Criação recebe
auxílio, trazendo êxito e também estabilidade. Onde, porém, tais
leis não forem observadas, seja por ignorância, seja por
obstinação, o desmoronamento efetivar-se-á irremediavelmente, após
tempo maior ou menor, porque não conseguirá se manter
permanentemente, pois não se encontra sobre nenhuma base firme e
inamovível.
Eis
por que tanta obra humana é efêmera, fato que não precisava
ocorrer. A isso pertencem cultos de múltiplas espécies que
constantemente têm de ser submetidos a transformações, se não
devam sucumbir totalmente.
Continua...
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