CULTO
– Parte II
O
Filho de Deus deu aos seres humanos, do modo mais simples e mais
claro, na sua Palavra,
o
caminho certo
pelo
qual deviam conduzir sua existência terrena, correspondente à
tecedura da Criação, a fim de, através das leis de Deus que se
manifestam no tecer da Criação, serem apoiados auxiliadoramente e
elevados às alturas luminosas, para obterem paz e alegria aqui na
Terra.
Infelizmente,
contudo, as igrejas não se conservaram no caminho da salvação e
soerguimento dos seres humanos, dado pelo próprio Filho de Deus e
por ele exatamente explicado, mas sim acrescentaram à sua doutrina
ainda muita coisa segundo seu próprio pensar, e desta forma causaram
naturalmente confusão, que tinha de acarretar cisões, porque não
correspondia às leis da Criação, sendo, por essa razão, por mais
estranho que isso possa soar, também contra a clara doutrina do
Filho de Deus, segundo a qual elas, no entanto, se denominam cristãs.
É
o que se dá, por exemplo, a respeito do culto de Maria dos cristãos
seguidores do Papa. Acaso Jesus, que ensinou aos seres humanos tudo,
como
deviam pensar e agir, sim, também como falar e orar, para que assim
atuassem certo e de acordo com a vontade de Deus, falou uma só
palavra que fosse, a tal respeito? Não,
isso ele não fez! E
isto é uma prova de que ele também não o queria e que isto não
devia existir!
Há
até mesmo afirmações dele que provam o contrário daquilo que o
culto de Maria condiciona.
E
os cristãos querem, entretanto, agir sinceramente apenas segundo as
regras de Cristo, caso contrário não seriam
cristãos.
Se,
pois, os seres humanos algo acrescentaram e a Igreja papal age
diferentemente do que Cristo ensinou, logo está provado que essa
Igreja se coloca atrevidamente acima
do
Filho de Deus, pois procura melhorar suas palavras, já que
estabelece atos que o Filho de Deus não
queria,
uma vez que, do contrário, ele teria ensinado infalivelmente também
esses atos, em face de tudo aquilo que ensinou aos seres humanos.
Certamente
existe
uma
Rainha do céu que, segundo a conceituação terrestre, também se
poderia chamar Mãe primordial e que, não obstante, possui a mais
pura virgindade. Ela, porém, está desde toda a eternidade nos
páramos
mais elevados e
nunca teve encarnação terrestre!
Trata-se,
pois, de sua imagem
irradiante e
não dela em realidade, o que uma vez ou outra certas pessoas, devido
a uma profunda emoção, podem “ver” ou “intuir”. Através
dela vêm também muitas vezes auxílios mais rápidos, chamados
milagres.
Uma
visão verdadeira, pessoal,
dessa
Rainha primordial, mesmo aos espíritos humanos mais evoluídos,
nunca é possível, porque, devido às leis inflexíveis da Criação,
cada espécie só está apta a ver sua espécie análoga. Assim, o
olho terrestre só pode ver coisas terrestres, o olho de matéria
fina as coisas de matéria fina, o olho espiritual apenas as coisas
espirituais, e assim por diante.
E
como o espírito
humano
só pode ver o espiritual, donde ele mesmo promana, assim também não
consegue na realidade ver a Rainha primordial, que é duma espécie
muito mais elevada, mas sim, se lhe for concedida a graça, apenas
sua irradiante imagem espiritual, que
todavia aparece como viva e cuja irradiação já pode ser tão forte
que realiza milagres, onde encontrar um solo preparado para isso, o
qual se apresenta mediante inabalável crença ou profunda comoção
no sofrimento ou na alegria.
Isso
reside na atuação da Criação, emanado e sustentado pela perfeita
vontade de Deus. Nessa atuação se encontram também todos os
auxílios para os seres humanos, desde o começo dos tempos até toda
a eternidade, sempre que eles mesmos não se desviem, levados pelo
querer saber melhor.
Na
Criação atua Deus, pois ela é sua obra perfeita.
Continua...
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