O CLAMOR PELO GUIA - Parte I
Observemos
mais de perto, todos os seres humanos que hoje em dia procuram com particular
insistência um guia espiritual e que o esperam com grande entusiasmo interior.
Julgam-se já perfeitamente preparados espiritualmente para reconhecê-lo e para
ouvir sua palavra!
O que observamos
numa contemplação serena são muitíssimas cisões. A missão de Cristo, por
exemplo, atuou de maneira esquisita sobre muitas pessoas. Criaram para si uma
falsa imagem. Como de hábito, a causa para tanto foi a auto-avaliação
incorreta, a arrogância.
Em lugar do temor
de outrora e da conservação de uma distância natural e uma delimitação nítida
com relação ao seu Deus, apenas se formaram de um lado súplicas lamurientas dos
que só querem receber, mas nada fazer a qualquer preço. A expressão “Ora” eles
aceitaram, mas o restante “e trabalha”, “trabalha em ti mesmo”, que a isso se
liga, ignoraram.
De outro lado,
novamente, acreditam ser tão autônomos, tão independentes, que tudo poderão
fazer e, com algum esforço, até mesmo se tornarem divinos.
Há também muitos
seres humanos que só exigem e esperam que Deus corra atrás deles. Já que lhes
tenha mandado Seu Filho uma vez, deu com isso prova do quanto Ele se interessa
que a humanidade se aproxime Dele, sim, que Ele, talvez, até precise dela!
Para onde se
olhar, só se encontrará em tudo arrogância, e nenhuma humildade. Falta a
auto-avaliação correta. —
Antes de mais
nada, é preciso que o ser humano desça da sua altitude artificial, a fim de
poder se tornar verdadeiramente ser humano, para, como tal, iniciar
sua ascensão.
Acha-se hoje
sentado no sopé da montanha, em cima de uma árvore, todo enfatuado
espiritualmente, em vez de estar com ambos os pés seguro e firme no solo. Assim
nunca poderá escalar a montanha, a não ser que desça antes de cima da árvore ou
de lá despenque.
Enquanto isso,
provavelmente todos quantos trilharam calma e sensatamente seu caminho, sob sua
árvore, e para os quais ele olhava com arrogância, já chegaram ao cume.
Mas os
acontecimentos virão em seu auxílio, pois a árvore cairá em pouco tempo.
Talvez o ser humano se conscientize melhor quando lá da altura vacilante cair
rudemente no chão. E então estará mais do que em tempo, não devendo desperdiçar
uma hora sequer.
Continua...
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