O QUE VALE SÃO AS OBRAS!
A RELIGIÃO NÃO RE-LIGA...
OS DEZ MANDAMENTOS - NONO MANDAMENTO
EXPLICADO POR ABDRUSCHIN
Não cobiçarás a mulher do teu próximo!
Este mandamento dirige-se de modo claro, direto e incisivo aos instintos corporais e animais que o ser humano... infelizmente... permite que surjam muitas vezes de modo excessivo, tão logo se lhe ofereça oportunidade para isso!
Aí já tocamos no ponto capital, que constitui a maior armadilha para os seres humanos e à qual quase todos sucumbem, desde que com ela entrem em contato: a oportunidade!
O instinto é despertado e guiado apenas pelos pensamentos! O ser humano pode verificar facilmente em si próprio, que o instinto não se manifesta, nem pode surgir, se não houver pensamentos a seu respeito! É-lhes inteiramente subordinado! Sem exceção!
Não digais que também o sentido do tato pode despertar o instinto; pois isso é errado. É apenas uma ilusão. O sentido do tato desperta apenas os pensamentos e estes, então, o instinto! E o meio mais poderoso para despertar tais pensamentos é a oportunidade que se oferece e que deve ser temida pelos seres humanos! Por essa razão, constitui-se na maior medida de defesa e na melhor das proteções para todos os seres humanos de ambos os sexos, evitar tais oportunidades! É a âncora de salvação na aflição atual, até que toda a humanidade se tenha fortalecido de tal maneira, que seja capaz, como a coisa mais natural e lógica de sua condição, de manter puro o foco dos seus pensamentos, o que hoje, infelizmente, não é mais possível! Então qualquer transgressão deste mandamento será inteiramente impossível.
Até lá muitas tempestades purificadoras terão de assolar a humanidade, mas aquela âncora resistirá, desde que cada bem-intencionado se esforce realmente por nunca dar oportunidade de encontro sedutor, a sós, entre pessoas de sexos diferentes!
Cada qual deve gravar isso com letras de fogo, pois não é tão fácil libertar-se animicamente de tal transgressão, já que a outra parte também entra em questão aí! E a possibilidade para uma ascensão simultânea é muito rara.
“Não cobiçarás a mulher do teu próximo!” Isso não se refere apenas a uma mulher casada, porém ao sexo feminino em geral! Portanto, também às filhas! E como é dito expressamente: “Não cobiçarás!”, refere-se apenas ao instinto sexual, não porém ao cortejar sincero!
Palavras tão claras não admitem enganos. Trata-se aqui da severa lei divina contra a sedução ou violação. Bem como contra a conspurcação por pensamentos oriundos de uma cobiça! Já isso, como ponto inicial de todo o mal de um ato, constitui transgressão do mandamento, acarretando punição mediante um carma que terá de ser remido inevitavelmente de alguma forma, antes que a alma possa libertar-se disso novamente. Por vezes tal acontecimento, considerado erroneamente pelos seres humanos como de pouca importância, constitui até um fator determinante para a espécie da próxima encarnação sobre a Terra, ou para seu futuro destino nesta existência terrena. Não considereis, pois, levianamente o poder dos pensamentos, ao qual se liga, naturalmente, também a responsabilidade, em igual medida! Sois responsáveis pelos pensamentos mais levianos, pois já acarretam danos no mundo de matéria fina. Naquele mundo que terá de receber-vos, depois desta vida terrena.
Se a cobiça, porém, levar à sedução, chegando, portanto, a um ato material grosseiro, temei pelo castigo, se não fordes capazes de a tempo reparar o mal aqui na Terra, corporal e animicamente!
Quer essa sedução seja feita de maneira insinuante, quer mediante solicitação brutal, ou ainda com a anuência final da parte feminina, não influenciará em nada o efeito recíproco, pois este já se iniciou quando surgiu a cobiça, e toda a astúcia e todas as artimanhas apenas servirão para agravá-lo. Mesmo a anuência final não o anulará!
Tende, pois, cuidado, evitai todas as oportunidades e jamais vos torneis despreocupados a esse respeito! Conservai puro, principalmente, o foco de vossos pensamentos! Assim jamais transgredireis este mandamento!
Também não vale como desculpa se um ser humano procura iludir-se com o fato de que existia a probabilidade do matrimônio! Pois pensando assim seria até a mais grosseira inverdade. Um matrimônio destituído do amor das almas é nulo perante Deus. O amor das almas será, porém, a mais forte de todas as proteções contra a transgressão do mandamento, pois aquele que realmente ama deseja proporcionar ao ser amado sempre somente o melhor, sendo, portanto, incapaz de manifestar-lhe desejos ou exigências impuras, contra o que se volta em primeira linha o mandamento!