ERA
UMA VEZ…! - Parte
III
Até
agora, da ação viva do espírito, da intuição, só nasceu a arte.
Somente ela teve uma origem e um desenvolvimento natural, isto é,
normal e sadio. Mas o espírito não se manifesta
no
raciocínio, e sim nas intuições,
mostrando-se somente
naquilo que de um modo geral se denomina “coração”.
Exatamente do que os atuais seres humanos de raciocínio,
desmedidamente orgulhosos de si mesmos, escarnecem e ridicularizam
prazerosamente. Zombam assim do que há de mais valioso no ser
humano, sim, exatamente daquilo que faz do ser humano realmente um
ser humano!
O
espírito nada tem a ver com o raciocínio. Se o ser humano quiser
melhorar finalmente em tudo, tem de observar as palavras de Cristo:
Por
suas obras os reconhecereis! É
chegado o tempo em que isso acontecerá.
Somente
obras do espírito
contêm,
por sua origem, a vida,
e,
portanto, consistência e durabilidade. Tudo o mais, uma vez passado
seu tempo de florescência, terá de ruir por si mesmo. Ao chegar a
hora da frutificação, ficará patente o vazio!
Olhai
a história! Somente a obra do espírito, isto é, a arte, sobreviveu
aos povos, que desmoronaram pela atuação de seu raciocínio frio e
sem vida. Sua sabedoria, tão altamente apregoada, não os pôde
salvar absolutamente. Egípcios, gregos, romanos seguiram este
caminho, mais tarde também espanhóis, franceses e agora os alemães,
— contudo
as obras da verdadeira arte sobreviveram a todos eles! Também
nunca virão a perecer! Todavia, ninguém notou a regularidade severa
com que ocorrem essas repetições. Criatura humana alguma pensou em
investigar as verdadeiras raízes desse grave mal.
Em
lugar de procurá-las, e dar fim duma vez a essa decadência, que se
vem repetindo sempre de novo, o ser humano se rendeu cegamente,
submetendo-se com lamentações e rancor a essa “fatalidade”.
Agora,
porém, no fim, é atingida a humanidade toda! Já deixamos para trás
muita miséria, temos ainda miséria maior na nossa frente. E um
profundo sofrimento perpassa as densas filas dos que em parte já
estão sendo atingidos.
Pensai
nos povos todos que tiveram de soçobrar logo depois de atingida a
sua florescência, isto é, no ponto mais alto de seu raciocínio. Os
frutos decorrentes dessa florescência foram por
toda a parte os mesmos! Imoralidade,
indecência e gula em múltiplos aspectos, acarretando
inevitavelmente a decadência e a ruína.
A
absoluta igual espécie é de chamar a atenção de qualquer pessoa!
E também cada um que pensa tem de encontrar em tais fenômenos uma
bem determinada espécie e uma conseqüência advinda de leis
implacáveis.
Esses
povos, um atrás do outro, tiveram de acabar reconhecendo que sua
grandeza, seu poder e magnificência foram apenas aparentes e
mantidos só pela violência e pela pressão, e não devido a uma
base sadia e firme dentro de si.
Abri,
portanto, vossos olhos em vez de desanimar! Olhai ao redor de vós,
aprendei com a experiência do passado, comparai tudo isso com as
mensagens que já há milênios vos têm chegado da esfera divina, e
então tereis
de
descobrir a raiz do mal corroedor, que constitui o estorvo exclusivo
para a ascensão da humanidade inteira.
Continua...
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