ENRIJECIMENTO
– Final
Suponhamos
que uma pessoa seja interrogada a respeito duma coisa que ouviu e
talvez mesmo de que pôde ver uma parte. Interrogada, ela afirmaria
imediatamente que a sabe!
Segundo
a opinião de muitas pessoas superficiais, essa resposta seria certa,
todavia é em verdade errada
e
condenável, pois “saber” quer dizer poder dar informação
exata sobre
tudo, desde o começo até o fim, com todas as particularidades, sem
lacunas, e de experiência vivencial própria. Só então
pode
uma pessoa falar que a sabe.
Reside
uma grande responsabilidade na expressão “saber” e na noção
que lhe está ligada!
Já
acentuei também uma vez a grande diferença entre o “saber” e o
“aprendido”. A erudição ainda está muito longe do verdadeiro
saber,
que
só pode ser algo próprio individual, ao passo que o aprendido é a
aceitação de alguma coisa fora do âmbito pessoal.
Ouvir
algo e em parte talvez também ver ainda está longe do próprio
saber!
O
ser humano não deve afirmar: Eu sei
isto,
mas poderá no máximo dizer: Vi ou ouvi falar daquilo; mas se ele
quiser agir direito,
de
acordo com a verdade, será obrigado a dizer: Eu não sei!
Será
em qualquer circunstância um procedimento mais acertado do que
narrar algo com que absolutamente não tem nada a ver, o que,
portanto, também não pode ser um saber
real,
ao passo que, com um relato parcial, só pode lançar suspeitas ou
fazer carga sobre outras pessoas, talvez até mesmo
desnecessariamente lançá-las na desgraça, sem conhecer as
verdadeiras conexões. Por conseguinte, pesai meticulosamente com
vossa intuição cada
palavra
que quiserdes empregar.
Quem
pensa mais profundamente, não se contentando com conceitos já
enrijecidos, que servem de autodesculpa para tagarelas presunçosos e
para a má vontade, esse compreenderá facilmente as explicações e
aprenderá a examinar serenamente e com visão mais ampla tudo quanto
tiver de falar.
Já
inúmeros de tais conceitos restritos, com suas conseqüências
nocivas entre os seres humanos terrenos, se tornaram costume, sendo
avidamente agarrados e nutridos pelos escravos do raciocínio, como
os instrumentos mais espontâneos das influências luciferianas das
trevas mais pesadas.
Aprendei
a observar atentamente as correntes nesta Criação e a utilizá-las
direito, pois trazem em si a vontade de Deus e com ela a justiça de
Deus em forma pura. E então tornareis a encontrar também vossa
legítima condição humana, que fora arrebatada de vós.
Quanto
sofrimento será evitado assim, e a quantas pessoas desejosas de
fazer o mal entre as criaturas humanas será tirada também a
possibilidade de ação!
A
esse mal se deve atribuir também o fato de a descrição da
existência terrena de Jesus, o Filho de Deus, não ser concorde em
todos os pontos com os fatos, razão pela qual no decorrer do tempo
até hoje surgiu no pensar das criaturas humanas um quadro
inteiramente falso. De idêntico modo foram distorcidas as palavras
dadas por ele, como aconteceu com todos
os
ensinamentos que foram elevados a religião e que deviam trazer ao
ser humano elevação e aperfeiçoamento do espírito.
E
nisso reside também a grande confusão entre todos os seres humanos,
que cada vez podem se entender menos, reciprocamente, o que faz
crescer e florescer o descontentamento, a desconfiança, a calúnia,
a inveja e o ódio.
Tudo
isso são sinais infalíveis do progressivo enrijecimento na Terra!
Erguei
vosso espírito, principiai a pensar e falar com visão
ampla e
total! Isto condiciona naturalmente também que trabalheis não
somente com o raciocínio, que faz parte da matéria mais grosseira,
como também que deis novamente a vosso espírito as possibilidades
de guiar vosso raciocínio, que deve servi-lo, conforme as
determinações de vosso Criador, que desde o início vos deixou
surgir sem mácula aqui na Terra.
São
tantas as coisas que já se acham na primeira fase do enrijecimento,
que breve poderá ser tomado todo o vosso pensar, devendo seguir
canais inflexíveis e férreos que só vos trarão ainda mal-estar,
sofrimento sobre sofrimento, e que acabarão reduzindo vossa condição
humana ao estado de máquina sem conteúdo, servindo apenas às
trevas, distanciada de toda a Luz. —
FIM
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