Primeiro seria
melhor perguntar de que tempo estamos falando... Seria o tempo do homem da
cidade, que nunca é suficiente para estudo, trabalho, família e compromissos
sociais? O tempo de quem está preso em um congestionamento é o mesmo de quem já
chegou ao escritório?
Ou estamos falando
do tempo do homem daquele pedacinho de terra esquecido do interior, que acorda
antes do Sol, vai dormir quando este se põe e vê as horas do dia escorrendo
lentamente entre um golpe da enxada e o ciscar das galinhas?
Seria o tempo dos
prisioneiros que cumprem longas sentenças?
Certamente não
podemos dizer que há um tempo para cada pessoa deste planeta! Há apenas um
tempo em todo o universo material e ele permanece sempre o mesmo, completamente
parado como sempre esteve. O tempo não
está passando mais rápido, pois, o tempo não passa!
Nós é que passamos pelo tempo, cada um a seu próprio ritmo, vivendo as
próprias experiências.
O tempo, porém, como
o conhecemos, só existe na matéria (grosseira, onde vivemos, e fina, o Além).
No Reino Enteal, no Reino Espiritual e no Reino Divino não há contagem de
tempo, pois o que lá existe é a eternidade, onde a ordem dos acontecimentos é
marcada exclusivamente pelas vivências.
Por isso a ciência
jamais conseguirá explicar as coisas do espírito, pois ela trabalha com o
cérebro que é restrito ao tempo e ao espaço, enquanto para compreender o que é eterno,
precisaria dispor de instrumentos que pudessem atuar fora do tempo e do espaço!
Relógios e
calendários marcam, na realidade, o movimento da Terra ao redor de si mesma e
do Sol, pois é isso que determina horas, dias, anos, séculos e assim por diante.
...o tempo
é estacionário! Somos nós que marchamos ao seu encontro; lançamo-nos
no tempo, que é eterno, e procuramos nele a Verdade. O tempo é
imoto. E’ o mesmo hoje, ontem, como daqui há mil anos! Somente as formas
variam. [...] O tempo não mudou, porque é eterno; e tu, homem; és também sempre
o mesmo, quer apareças como criança quer como velho. És quem és! Tu mesmo já
não o percebeste? Ainda não sentiste a distinção entre a forma e teu “eu”,
entre o corpo que está sujeito a transformações e tu próprio, isto é, o
espírito que é eterno? (ABDRUSCHIN)