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O QUE É A MORTE? POR QUE TANTOS A TEMEM?
A morte é um dos
polos da existência terrena e o temor nasce de pensamentos equivocados: uns
acham que com ela tudo está acabado e outros não sabem o que vem depois.
A morte ocorre
quando o espírito perde a ligação com o corpo terreno e isso se dá quando o
sangue deixa de circular em definitivo. É um momento que chega para cada um, em
maior ou menor tempo, período que é determinado pelas atitudes tomadas nesta e
em vidas passadas.
Apesar de ser uma
afirmativa “lugar comum”, a vida continua e os inúmeros relatos de pessoas que
avistaram outras que já morreram é a prova disso. Esta certeza vem, portanto,
imbuída de uma responsabilidade: viver esta vida de forma a tornar o melhor
possível a partida e a continuação da existência no Além.
Cada pessoa chega a
esta Terra com um tempo de vida determinado por seu carma, suficiente para que
possa resgatar os seus erros e vivenciar situações que possam levá-la a
desenvolver-se espiritualmente.
A vida terrena
começa quando a alma adentra o corpo terreno, o que ocorre quando o sangue
inicia sua circulação. É nesse momento que ocorrem os primeiros movimentos do
bebê dentro do ventre de sua mãe.
O corpo gerado é,
portanto, um receptáculo que não pertence ao espírito, mas um instrumento doado
para atuação na Terra, devendo ser restituído a esta quando deixado pelo
ocupante.
Isso demonstra
claramente a responsabilidade que paira sobre cada pessoa com relação a seu
corpo: cada um deve cuidar dele da melhor forma possível, não maltratá-lo, não
mutilá-lo por vaidade, devolvê-lo à terra completo, pois nenhuma parte de seu
corpo é propriedade sua.
No sepultamento, a
melhor forma é sempre a natural, na terra, (cumprindo a determinação de Deus do
retorno ao pó, que é a própria terra), evitando-se outras formas,
principalmente a cremação.
Assim como o
nascimento exige uma gestação que dura meses, da mesma forma a decomposição
também deve seguir o processo natural, pois a pessoa não pode libertar-se tão
cedo de seu corpo se foi descuidada com ele, ou se ele não se decompõe
completamente, com todos os órgãos que o formam.
...o
indivíduo que durante sua vida terrena não quer saber que a vida perdura depois
da morte e que terá que responder por todas as suas ações, (e isso a seu modo),
que não concorda com a concepção terrena atual, ficará no domínio da matéria
fina surdo e cego logo que aí penetre. Somente enquanto ainda se encontra
ligado ao seu corpo de matéria grosseira, por dias ou semanas, é que poderá
temporariamente perceber o que lhe passa em redor.
Uma vez,
porém, separado desse corpo de matéria grosseira que se decompõe aos
poucos, perderá essa possibilidade. Não ouve nem vê. Não se trata de um
castigo, mas é muito natural porque não quis ouvir
nem ver nada a respeito do mundo de matéria fina.” (ABDRUSCHIN)
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